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Título: Está nascendo a segunda universidade católica de SP
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 29/10/2000
 

Inaugurado em agosto, o Centro Universitário Assunção é uma transição entre as Faculdades Associadas Ipiranga e a futura universidade católica da cidade



Centro Universitário Assunção-UniFai, bom dia! A saudação das telefonistas não deixa dúvidas do futuro bem próximo reservado para o recém-inaugurado centro. No dia 22 de agosto, em duas solenidades presididas pelo arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, foram oficializados a instalação e o funcionamento do Centro Universitário Assunção, com sede central na Avenida Nazaré, no Ipiranga, e campi também na Vila Mariana, Belenzinho e Santana. Todos nas ex-Faculdades Associadas Ipiranga (núcleo original do novo centro) estão de olhos, coração e mente voltados para o futuro.

Para professores, alunos, funcionários e para a própria comunidade local, a sigla UniFai já é um indicativo do que está por vir. Uma questão de tempo (três ou quatro anos) e a Avenida Nazaré será sede da segunda universidade católica de São Paulo, antecedida pela PUC, fundada em 1946, também no dia 22 de agosto.
Uma universidade com projeção internacional por sua abrangência eclesiástica e humanística, assim vem sendo definido o novo centro pelo reitor da UniFai, Monsenhor Roberto Mascarenhas Roxo.

"Os planos podem parecer ousados", diz ele. "No entanto, estão assentados na tradição e excelência que sempre caracterizaram a FAI nesses 30 anos em que atua como instituição educacional. Ademais, o Centro Universitário está hoje integralmente inserido na política educacional do Brasil e é parte inerente à própria missão da Igreja, que é a de servir o homem. Esta é a nossa missão que, aliás, tem sido vista com bastante simpatia pela Pontifícia Congregação para a Educação Católica em Roma".

Estar em perfeita sintonia com a política educacional da Igreja é, na verdade, a principal preocupação do Monsenhor Roxo, e também do cardeal arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes. É ele, a bem da verdade, o grande idealizador do
novo centro de razão e fé. Tanto que, durante as solenidades de implantação do centro, dom Cláudio definiu a futura universidade como "um sonho a ser realizado".

Novos cursos

O primeiro passo neste sentido é a implantação, já no próximo ano, dos cursos de Direito Canônico, Moral Católica, Doutrina Social da Igreja e Teologia. Esse temário, garantiu o arcebispo, "vai atender à demanda de toda a América Latina, e não apenas do Brasil".

Dom Cláudio Hummes é o grão-chanceler da instituição que pretende tornar mais viva a presença da Igreja na área de ensino e assim atender ao número cada vez maior daqueles que buscam conhecer a fé de maneira mais profunda.

A universidade eclesiástica seguirá o exemplo de outras já existentes na Europa, como a de Salamanca (Espanha), Cracóvia (Polônia) e Bolonha (Itália). Em artigo escrito para o jornal O Estado de S. Paulo, publicado no dia 20 de setembro, o cardeal arcebispo destacou "a necessidade de uma instituição de ensino que assuma o desafio de João Paulo II de iluminar a razão e as ciências da modernidade com a luz da fé".

Na seqüência, esclarece: "A engenharia genética necessita da fé para não instrumentalizar o dom divino da vida. A política precisa do Evangelho para tornar-se serviço desinteressado ao bem-comum. A economia moderna precisa converter-se em justiça e solidariedade. A instituição familiar, célula básica da sociedade, carece da visão cristã do matrimônio para não se desfigurar. Não há dimensão importante da modernidade que possa prescindir de uma profunda reflexão e diálogo entre a razão e a fé".


A EDUCAÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR

O reitor da UniFai garante que a qualidade de ensino é o objetivo maior da UniFai,
para a construção de novo milênio mais justo

O arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, é o idealizador da nova instituição de ciência e fé. Mas o artífice da grande tarefa de consolidar o Centro Universitário Assunção será mesmo o atual reitor, monsenhor Roberto Mascarenhas Roxo. Desde a fundação, ele está à frente da FAI e a administra com o que define como uma política "pés no chão", mas que sabe olhar para o futuro.

"Não há pressa de se tornar universidade", diz o monsenhor. "O que conta mesmo é a consistência do ensino que pretendemos fornecer. As expectativas são excelentes. A educação, levada a sério, é a principal ferramenta da humanidade para a construção de novo milênio socialmente mais justo e igualitário. No Brasil, o campo está aberto e é fértil. As profissões que requerem uma formação ainda são poucas. Portanto, há muito que ser feito, e bem feito".

Com esses propósitos, o reitor pretende privilegiar e aprimorar o ensino.Vale lembrar que o centro universitário é uma instituição confessional propugnado pela filosofia da Igreja católica, embora respeite totalmente a liberdade de crença e pensamento. Em quase 30 anos de existência da FAI, nunca houve ingerência neste sentido. Não houve sequer uma reclamação. Outra característica do centro é o aspecto altamente familiar que orienta a todos - da direção aos funcionários, professores e ao próprio alunado.

"Há um respeito mútuo das partes", garante o monsenhor. "Professores e funcionários estão preparados para o atendimento pessoal e atencioso que privilegia o aluno. Por sua vez, o aluno sente-se em sua própria casa. Tanto que, por ocasião do processo seletivo, as estatísticas dão conta que a grande maioria dos novos alunos, de 70% a 80%, vem por indicação de um amigo ou familiar que já é estudante ou professor. Daí, o cuidado com que o centro trata a formação do seu alunado, bem como a escolha dos professores (conta atualmente com 146 mestres e doutores), dirigentes e funcionários'.

Alto nível

Há um outro aspecto importante, no entender do reitor: o centro não pretende ser uma escola da elite financeira, econômica. Almeja, sim, ampliar a possibilidade de ensino a outros segmentos de nossa sociedade.

"O aluno do centro está consciente de que não freqüenta uma universidade da moda, das que se projetam a partir de amplas verbas publicitárias e estratégias de marketing", ressalta. "Mas está consciente também da consistência do ensino que lhe é oferecido. Aliás, é inerente à nossa proposta acolher alunos de classe média, inclusive de classes mais populares, e colocá-los no mais alto nível intelectual, social e universitário"
.
Neste contexto, o monsenhor diz não temer a concorrência dos grandes conglomerados de ensino que ameaçam monopolizar e mercantilizar a educação no País. "Quem nos procura sabe da nossa proposta e, de uma forma ou de outra, concorda com ela. E, melhor, quer fazer dela a base para suas conquistas profissionais e para sua vida como cidadão. Então, a mercantilização do ensino não nos impressiona, nem vamos sair por aí atrás de alunos como se vendêssemos um produto qualquer - e não trabalhássemos com a educação".

Para o monsenhor, não há pressa de alcançar a condição de universidade.
"Vamos consolidar a UniFai como um centro de excelência, com núcleo de pesquisa científica em diferentes áreas do conhecimento.Vamos formar o profissional - e, antes mesmo, formar o cidadão capaz de aplicar tudo o que aqui aprendeu em benefício da sociedade".

Afinal, o reitor faz questão de lembrar, o centro tornou-se realidade
graças à postura transparente do atual governo, especialmente do ministro da Educação, Paulo Renato de Souza. "Ele adotou uma filosofia de seriedade e lisura, sem a nefasta influência do poder econômico. O processo de transformação em universidade começou há dez anos. Soubemos, durante esse período, aguardar que se afastasse a sombra da corrupção, para que pudéssemos ser reconhecidos unicamente por nossos méritos educacionais. Não há agora por que ter pressa. A educação, assim como a democracia, é conquista de todos os dias".


UMA GRANDE ASSOCIAÇÃO PELO ENSINO

O Centro Universitário Assunção é resultado da associação das Faculdades Associadas do Ipiranga e da Faculdade de Teologia Nossa Senhora Assunção, ambas vinculadas à Cúria Arquidiocesana de São Paulo e localizadas na Avenida Nazaré, no Ipiranga.

Criadas em 1971, as Faculdades Associadas do Ipiranga eram um desmembramento do primeiro Instituto de Filosofia do País - fundado em 1908 com aval da Santa Sé e com direito de conceder graus acadêmicos de licenciatura e bacharelado. Começou como Faculdade de Filosofia Ciência e Letras e, posteriormente, implantou também a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis. Possui cursos nas áreas de Filosofia, História, Letras, Pedagogia, Matemática, Geografia, Administração, Ciências Contábeis, Secretariado Executivo e Ciência da Computação. Possui atualmente 3.200 alunos.

A Faculdade de Teologia é a mais antiga do País e a única que conta com o reconhecimento da Santa Sé. Fundada em 1949, oferece cursos de graduação, mestrado e doutorado nas áreas de Teologia e Direito Canônico e tem hoje 700 alunos.

Às duas instituições, foram também agregados os colégios católicos Luiza Marillac (Santana), Santa Zita (Vila Maria) e São Paulo (Belenzinho), além do campus Vila Mariana da FAI.

Para o vice-diretor do Centro Universitário, professor Osmar Garcia Stolagli, está prevista para o próximo ano letivo a abertura de novos cursos, além dos já existentes (veja quadro). "Mas sempre priorizando a qualidade do ensino", ressalta. "Tanto a FAI quanto a Faculdade de Teologia são escolas que professam o espírito cristão como incentivador e fundamento da vida universitária. O tripé filosofia, ética e comportamento sedimentam o humanismo que infelizmente raramente encontramos em escolas do País".

O professor recorda que a Faculdade de Teologia Nossa Senhora Assunção já estava organizada quando a FAI começou em 1971, ambas ocupando o espaço físico que antes pertencia ao Seminário Central de São Paulo. "Formamos um núcleo central durante cinco anos. Depois, por questões jurídicas junto ao MEC, houve o desmembramento e a Teologia passou a ser coligada da Pontifícia Universidade Católica, mesmo sem sair do nosso campus, e agora retornou para a UniFai. Por ter o reconhecimento da Santa Sé, seus cursos são muito procurados por alunos de todo o mundo, especialmente das Américas e da África".

Para 2001, a estimativa é que o novo centro universitário chegue à marca de cinco mil alunos. Em 2002, a proposta é chegar a sete mil. "No entanto, sempre haverá uma preocupação de que esse implemento se dê gradativamente, com prioridade para a qualidade de ensino que pretendemos disponibilizar para o educando".



NO ARQUIVO DA CÚRIA, MAIS DE TRÊS SÉCULOS DA VIDA DA CIDADE

Aberto a toda população, o Arquivo preserva a memória e a cultura nacional, com registros de batizados, casamento e óbito e até uma cédula da votação do papa Bento XV em 1944

Os números impressionam. Mais: impressionam e guardam o grande legado da atuação da Igreja na região que compreende os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. O Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo guarda milhões de registros sobre padres, seminários, capelas e irmandades de escravos; milhões de registros de casamentos e batizados, milhares de processos variados desde o século 17 (veja quadro abaixo).

O Arquivo da Cúria mudou-se para o campus central da UniFai em novembro de 1984, mas existe desde 1 de abril de 1918. A proposta é a de preservar a memória e a cultura nacionais e abrir para a população os verdadeiros tesouros que o arquivo encerra. "É muito gratificante trabalhar aqui, diz o chefe do arquivo, Jair Mongelli Júnior. "É fantástico poder ajudar as pessoas em suas pesquisas, que têm fins diversos e, por vezes, curiosos. Mas, de algum modo, é compreensível que a maior parte dos usuários venha até aqui para resgatar um pouco da sua história de vida ou da história da própria humanidade. É bom se sentir intermediário dessas conquistas"
.
Mongelli comanda uma equipe de 11 funcionários que, ele reconhece, têm uma dedicação incomum. Além de cuidar de todo o acervo, há o atendimento diário ao público, das 8h às 17h. Segundo Mongelli, levantamentos do próprio arquivo dão conta de que 25% das pessoas que o procuram são netos e bisnetos de italianos em busca de documentação que possa lhes garantir a cidadania italiana. Outros 25% são visitas de seminaristas e estudantes de Teologia, História, Música e mesmo de cursos da terceira idade. Estudantes de cursos de pós-graduação -- mestrado e doutorado - respondem por 18,5% das pesquisas.

"Há também os que vêm por um motivo muito especial", destaca o chefe do arquivo. "Todo o embasamento para o processo de beatificação do Frei Galvão foi feito aqui. Temos também registros que deram origem ao processo de canonização da Madre Paulina, que viveu aqui no Ipiranga. E também citações da vida de Padre Marchetti, cujo processo de canonização está no início".

Mongelli é formado em História e está no arquivo desde 1985. À época, ele leu no jornal O São Paulo, da Cúria, que havia uma vaga para estagiário, e não pensou duas vezes. Ofereceu seus serviços e lá está até hoje, com planos de ampliar e modernizar todo o arquivo. Pensa até em criar um site para que todas as informações possam ser acessadas sem que o usuário saia de casa.

"É um projeto que pode parecer distante, pela falta de recursos, mas que hoje não pode ser descartado. Devagar a gente chega lá. Quase todo o acervo é financiado pela Mitra Diocesana - ou seja, a própria Igreja. Mas o arquivo é um patrimônio público. Até a República, não existia cartório e todos os registros eram feitos na Igreja", diz ele. "Não há como discutir sua importância e seu valor inestimável para a memória da humanidade".

Se tivesse tempo disponível, Mongelli faria um amplo trabalho de pesquisa sobre epidemias brasileiras. "Temos aqui todos os registros do avanço da gripe espanhola em 1918, por exemplo. E daria para levantar muitas outras informações pelos registros de óbitos: o primeiro caso, por onde a doença se alastrou, que regiões foram mais afetadas. Tudo poderia ser pesquisado sem sair do arquivo. Seria uma excelente tese de doutorado".

Há centenas de histórias que Mongelli sabe de cor: o caso da mulher que confessou na polícia ter matado o marido por meio de feitiçaria; os documentos da Marquesa de Santos, desde a certidão de nascimento até a de óbito, e outras tantas historietas que contam o dia-a-dia dos brasileiros nos últimos séculos.

Uma das histórias mais interessantes não é tão antiga. Foi protagonizada pelo cardeal Joaquim Arcoverde. Ele participou em 1944 do conclave que escolheu o papa Bento XV. Na hora de votar, o cardeal escreveu errado o nome do futuro papa. Para evitar qualquer equívoco, guardou a cédula e pediu outra, escreveu o nome certo e colocou o voto na urna.

Eleito o papa, todas as cédulas são incineradas e a fumaça branca anuncia que a humanidade possui outro papa. Quando chegou ao Brasil, o cardeal Arcoverde notou que a cédula transformara-se num documento raro daquele momento histórico. É a única no mundo, ao menos de que se tem notícia. Então fez a doação ao Arquivo da Cúria. Ou seja, nem a eleição do papa escapou do jeitinho brasileiro.


BIBLIOTECA ABERTA PARA O MUNDO

O Centro Universitário Assunção dispõe provavelmente da maior biblioteca particular do Brasil, com 500 mil volumes. Aberta ao público em geral, ocupa uma das áreas do antigo Seminário São Paulo e é formada em grande parte por coleções de alto valor humanístico.

"É herança do Seminário de São Paulo que, durante muitos anos, esteve sob a responsabilidade de padres europeus", explica o Monsenhor Roberto Mascarenhas Roxo. "Eles trouxeram um grande acervo bibliográfico para realizar sua missão no Brasil. Posteriormente, a 2.ª Guerra Mundial possibilitou a doação para a nossa biblioteca de riquíssimos acervos de mosteiros europeus que estavam ameaçados pela destruição. São obras raras, de grande valor. Muitas vezes, são edições únicas que atraem pesquisadores do mundo inteiro para consultas".

Raridades

O monsenhor destaca as coleções completas dos escritos antigos e medievais, os enormes catálogos de decisões jurídicas, muitas e muitas obras do século 19 (o século da História), com traduções primorosas ao lado dos textos originais.
E outra curiosidade: há ainda os incunábulos, espécie de livros que precedem a aparição da imprensa.
A biblioteca é freqüentada por pesquisadores que, na pós-graduação, são obrigados a fazer consultas especiais. Há também grande procura por parte de advogados, especialmente para solucionar casos de heranças.

"O acervo é atualizado com freqüência", garante o monsenhor.


INCENTIVO À FORMAÇÃO HUMANÍSTICA

Esta é uma das propostas de base do Instituto Educacional Seminário Paulopolitano, mantenedor do Centro Universitário Assunção

O Centro Universitário Assunção tem como entidade mantenedora o Instituto Educacional Seminário Paulopolitano, que foi fundado em 26 de agosto de 1970 com propostas bem definidas: atender à nova política educacional brasileira e às diretrizes do Concílio Vaticano II.

"As metas, na verdade, completavam-se", lembra o monsenhor Roberto Mascarenhas Roxo, que trabalhou na implantação do instituto. "Pretendia-se dar incentivo à formação humanística e cristã da juventude brasileira e, como extensão, o instituto trabalharia na formação do clero, de religiosos e agentes de pastoral no contexto universitário brasileiro".

Desde então diretor-presidente do instituto, o monsenhor acrescenta que
a origem de tudo é o Seminário São Paulo, que começou como Seminário Provincial de São Paulo, em 1856, na Avenida Tiradentes, sua primeira sede. O Seminário mudou-se para a Freguesia do Ó e, em 1934, passou para o imóvel da Avenida Nazaré, transformado pela Santa Sé no grande Seminário Central Imaculada Conceição do Ipiranga.

"Foi aqui que estudou todo o clero dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e de outras partes do Brasil", lembra o monsenhor, ele próprio formado no Seminário Central do Ipiranga.

Foram mais de três mil padres, além de muitos leigos que quiseram se especializar em assuntos religiosos. Ele salienta que a própria denominação do instituto foi uma forma de integrar as duas histórias numa uma única, que completa 144 anos de serviço à educação.

Com as mudanças introduzidas pelo Concílio Vaticano II, os seminaristas passaram a residir em casa de formação e o amplo espaço do seminário foi reservado como um grande centro de estudos. "Tudo aqui é história e educação", destaca o monsenhor Roxo. "Até o prédio é um primor. Com linha clássica, junto com a igreja Imaculada Conceição forma um dos mais belos conjuntos arquitetônicos da cidade. Foi construído entre 1929 e 1934 pelo arcebispo Dom Duarte Leopoldo e Silva, que primava pelo bom gosto artístico. Tanto que ele é o construtor da Catedral da Sé. Precisa mais?"


NAZARÉ, A AVENIDA DA EDUCAÇÃO

Desde a inauguração da UniFai (26 de agosto de 1970), a avenida Nazaré tornou-se um importante campus universitário que atende não só a região do Ipiranga, mas atrai estudantes, professores e pesquisadores de todo o País e do exterior.

O complexo estudantil, com mais de 80 mil metros quadrados, é formado por duas universidades e dois centros universitários, sem contar o Museu Paulista e o Museu de Zoologia que pertencem à Universidade de São Paulo.

Além do Centro Comunitário Assunção, lá estão instalados a Universidade São Marcos, o Centro Universitário São Camilo e o Instituto de Artes Planalto da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Juntas, possuem 18 mil alunos distribuídos em mais de 50 cursos de graduação e pós-graduação que passam pelas áreas de saúde, artes, ciências humanas e exatas.

As instituições ocupam áreas doadas para ordens religiosas e assistenciais pelo Conde José Vicente de Azevedo. Muitas ocupam velhos casarões e antigas construções e, pelo menos uma delas, a Universidade São Marcos, tem o prédio central tombado pelo Patrimônio Histórico, pois foi criado pelo arquiteto Ramos de Azevedo.

Segundo o vice-diretor da UniFai, professor Osmar Garcia Stolagli, o papel dessas instituições não fica restrito à formação dos profissionais. Muitos de seus cursos acabam criando serviços e parte de sua infra-estrutura fica disponível à população, embora poucas pessoas saibam e utilizem esses recursos.




Matéria publicada no Jornal da Tarde

 
 
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