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50 anos depois

Participei hoje, pela manhã, do Seminário Comunicação e Democracia: 50 anos do Golpe Militar, realizado pela área de pós em Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo, com apoio da Cátedra da Unesco. Os palestrantes convidados foram o professor José Marques Mello e a professora Magali do Nascimento Cunha, que faz parte da Comissão da Verdade. O evento se realizou no auditório Sigma, do Campus Rudge Ramos, e reuniu aproximadamente 300 estudantes – a maioria deles, dos cursos de graduação em Comunicação Social.

Na minha breve fala, representei exatamente os cursos de graduação – Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade e Propaganda, Rádio/TV, Comunicação Mercadológica, Design de Interiores e Produção Multimídia. Por isso, ressaltei a importância da iniciativa pela oportunidade de discutirmos um tema tão presente no Brasil de hoje, mas, principalmente, a interação entre as duas áreas desta Universidade.

Aspas para mim:

“Vivências como essas são imprescindíveis para a formação acadêmica e cidadã dos jovens comunicadores que, certamente, serão os protagonistas dos novos tempos. São eles que na terceira década do século estarão tocando os novos rumos da Comunicação e das transformações que tanto o País precisa.

Exatamente por isso é fundamental que todos os brasileiros – inclusive e principalmente as novas gerações – tenham respeitado o direito de conhecer a nossa história, mesmo que seja uma página obscura e triste como foram os 21 anos de ditadura militar que o Brasil atravessou de 31 de março de 1964 a 15 de março de 1985.

Há quem diga que esse primeiro período da Nova República nada mais foi do que a continuidade do Sistema vigente.

Tomara assim, com essa meninada no comando, os meios de comunicação não repitam os equívocos lamentáveis que perpetraram naquele atribulado início dos anos 60.

Nossos jornais apoiaram o Golpe para espantar “a ameaça do comunismo” e “defender a democracia”.

Depois mudaram de lado – e hoje alguns até fazem a mea culpa – quando perceberam que os militares tomaram gosto pelo Poder e nele (o Poder) se aboletariam muito mais tempo do que o inicialmente programado.

A partir de 1966/67, com o recrudescimento da censura e da supressão dos direitos civis, alguns órgãos da Imprensa foram para a Oposição – e começou a resistência, a brava e heróica resistência que, 21 anos depois, pôs fim ao regime obscurantista.”