A repercussão da visita do ex-senador Eduardo Suplicy à Universidade Metodista, na noite de quinta, ainda se faz presente nos diversos espaços das redes sociais e mesmo entre meus cinco ou seis leitores. A partir do que escrevi, um deles, inclusive, chegou a repetir a pergunta feita por um dos estudantes no dia da palestra ao próprio Suplicy:
Como o senador, aos setenta e tantos, explica a imensa empatia que tem com as novas gerações?
Repito aqui o que ouvi do sempre senador naquela memorável noite (em que, ao final, eu pude lhe entregar um certificado de honra ao mérito, em nome da Universidade).
Para Suplicy, não há uma explicação para o fato em si.
Talvez a convivência com os filhos e os netos (seis) tenha lhe favorecido essa aproximação com os mais jovens. Suplicy procura acompanhá-los, na medida do possível, em cada passo de suas trajetórias; seja no plano pessoal, seja no profissional.
Também compartilha com os familiares o gosto pelas mais diversas artes – música, teatro, cinema e leituras.
A partir daí, interpõe-se uma ponte entre o ontem, o hoje e o amanhã.
As novidades são sempre bem-vindas.
Outro ponto comum com os jovens, diz Suplicy, é sua vivência, por longos e longos anos, como professor universitário. Estar presente no cotidiano da moçada pode ter contribuído decisivamente para esse bom convívio.
Há uma troca constante nas salas de aula.
Quem for sensível a esse diálogo leva uma grande vantagem.
Concordo, plenamente.
Eu, modestamente, acrescentaria o carisma natural do homem público Eduardo Suplicy. Carisma que se reforça pela coerência entre o discurso e a prática. A garotada é muito perspicaz a toda e qualquer deslize nessa área.
No entanto, e pra encerrar, penso que o que mais une Suplicy à turminha é a capacidade de sonhar – que ele preserva intacta, mesmo com todos os descaminhos que a vida já lhe apresentou.
Ser um inveterado sonhador – eis aqui a pedra filosofal e a fonte da juventude.
