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A primeira das liberdades

Boa noite a todos.

Estou feliz de participar da cerimônia de hoje e poder dar um grande abraço aos nobres formandos.

Certamente um dia inesquecível para todos.

Ainda hoje quando volto das colações de grau em que participo como coordenador do curso de jornalismo, ouço do meu filho que cheguei atrasado na colação de grau dele, pois fiquei enroscado no fechamento do jornal em que eu trabalhava.

Ele também se formou jornalista, pela Metodista.

Gosto de citá-lo nessas ocasiões para compensar essa dívida eterna que tenho para com ele e também porque, de alguma forma, tudo de bom na vida que almejo para ele, eu desejo também para vocês.

Vou deixar para os demais oradores as considerações finais sobre jornalismo e coisa e tal.

Quero apenas lembrar a vocês que o direito de expressar-se é a primeira das liberdades essenciais para que se construa uma sólida democracia.

Quando suprimos das pessoas esse direito inalienável, estamos apostando no retrocesso, no obscurantismo.

Felizmente, o Brasil virou essa triste página da nossa história recente.

(Espero que para sempre.)

Vocês, agora como jornalista, têm a responsabilidade de preservar – e aprimorar –essa conquista.

Diria melhor: de ampliar essa conquista para todos os segmentos da sociedade.

Fazer com que as pessoas tenham a coragem grande de dizer sim à vida e às mudanças para um mundo melhor, mais justo, mais contemporâneo.

Convenhamos, mais do que uma técnica, ser jornalista é um dom.

E vocês são iluminados.

Ficaremos todos, torcendo por vocês, e à espera dessa abençoada luz.

* Fala aos formandos de jornalismo durante colação de grau realizada hoje no salão nobre da Universidade Metodista de São Paulo