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Ao amigo Peixoto

Desde que soube, dias atrás, da triste notícia do falecimento do André queria registrar aqui minha solidariedade à dor do amigo distante – mas, sempre e sempre amigo – Geraldo Peixoto.

Não encontrei jeito, nem maneira.

Há momentos que nem mesmo um escriba, lavado e enxaguado nos becos e nas quebradas, consegue relatar, com veracidade, o que lhe vai à alma e ao coração.

Dá tilte. Fica apenas o desafio da tela em branco.

Pois é, meus caros…

Não é que hoje sou surpreendido com um email do amigo Peixoto.

Sempre atencioso, ele se desculpa por que não irá ao lançamento do meu livro no sábado, dia 4.

“Vivo ainda o luto recente, da perda de meu filho, que ele conheceu”, diz ele no tocante recado.

Na verdade, ele escreveu à organização da tarde de autógrafos, e me endereçou em cópia oculta.
Para as meninas de Eventos, ele fez um breve relato de nossas lembranças que muito me emocionaram – e que modestamente quero repassar a vocês.

“O Rodolfo é velho amigo do bairro do Ipiranga. Fui professor e tive uma escola de natação, perto do jornal Gazeta do Ipiranga, onde o Rodolfo foi diretor e chefe de redação por muitos e muitos anos. Lá nos conhecemos e ficamos amigos. Houve um tempo em que o Rodolfo fez natação comigo. Nadávamos juntos. Aliás, conversávamos muito mais do que nadávamos. "Parliamo, parliamo e parliamo" (rsrsrs). Vocês conhecem essa história? Faz um tempão que não vejo esse querido e inesquecível amigo. Ele, como bom repórter, me ouvia muito mais, do que falava e, de vez em quando… nadávamos. Lembro-me de uma história que contei a ele, que depois, ele transformou numa de suas crônicas, publicada na Gazeta do Ipiranga. É a história de um vira-latas, vitimizado por um chute, na rua 7 de Abril. Quem sabe ele ainda se lembre. Pergunte a ele – e vocês vão dar boas risadas. Lembro-me e tenho comigo um de seus livros de crônicas e histórias que foi lançado no Museu do Ipiranga. Lamento não poder estar presente na noite de lançamento do seu livro. Vivo ainda o luto recente, da perda de meu filho, que ele conheceu e já o informei sobre essa perda. Hoje, moro em São Vicente. Transmita e ele, meu carinho, minha saudade e admiração. Geraldo Peixoto”.

Grande amigo, fiquei emocionado com suas carinhosas palavras.

Receba meu abraço e conforto. Sei da importância e do amor pleno que dedicou ao André, anjo bom que modificou a sua vida e a de tantos quantos estiveram ao seu redor.

Vida que segue, companheiro.

Como diz a canção, “chegar e partir são dois lados da mesma viagem”.

Estamos juntos.

Prometo dar um “Google” para achar o texto citado para (re)publicá-lo aqui neste modesto espaço.

Tenha certeza, caríssimo, que na tarde de sábado, na Cultura do Shopping Villa Lobos, terei o amigo presente em meu coração.