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Ao menos, temos algo em comum?

"Na medida do impossível/ vai dando pra se viver/ Na cidade de São Paulo/ o amor é imprevisível/ como você e eu e o céu" (Rita Lee)

01. Consulto o calendário para nominar nos arquivos a coluna de hoje e tomo um susto. É hora de virar a velha ampulheta sobre a mesa. Começo a escrever a última coluna de julho. No rádio, a voz de Cláudio Zoli, sugere o tom nostálgico para o texto que segue em frente com as manhas e as manhãs. A canção? Bem, a canção também é conhecida como "Namoradeira" e diz num de seus versos: Quando a vida me iluminou/ a minha luz/ era você.

02. Amores vãos, amores são. Como foi seu mês, caro leitor? Aposto que corrido, como de todo mundo. O meu foi assim, assim. Como diria aquele sábio amigo que o tempo levou, idas e vindas, sem sair do lugar. Como qualquer brasileiro que não é ruim da cabeça ou doente do pé, fiquei feliz com a conquista do penta e me diverti com as prosopopéias dos que desancaram a seleção e Luiz Felipe Scolari. Mas, confesso, achei deselegante a resposta que o técnico deu a Pelé, que não considerava a seleção entre as favoritas da Copa. De resto cansei de ver Denílson e Roberto Carlos em programas de TV. Foram em todos e mais alguns. Verdadeiros arroz-de-festa.

03. Ainda na área esportiva fiquei sabendo: a Alemanha é penta também. Só que em Fórmula 1 que não tenho paciência de acompanhar e que o Rivaldo está sem clube. Creio que por pouco tempo. O homem joga muito. De bom mesmo, esse incrível São Caetano, próximo de ser campeão da Libertadores. Com a naturalidade de quem nasceu vencedor.

04. Não sou um leitor assíduo dos noticiários econômicos, mas tenho andado preocupado com o 171 das empresas americanas em suas contas. Até tu, Brutus! A coisa anda feia por lá também. E a quebradeira da Bolsa é uma ameaça ao mundo. Como na década de 90 houve a derrocada do comunismo pela ganância de alguns, agora é o capitalismo globalizado que anda em xeque pela mesma ganância de outros tantos. O que pega é que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco — a imensa maioria de humilhados, desvalidos e excluídos.

05. Em Terras Brasilis, os indicadores econômicos andam firmes como uma gelatina. Juros lá em cima. Desemprego em alta. Dólar a 3 reais. E o tal Risco Brasil, que até há pouco nunca se ouviu falar. Eis o caldeirão efervescente pronto a explodir num mostrengo chamado inflação. Se correr o bicho pega, se ficar…

06. Dizem que há um componente eleitoral nesse imbróglio. Que os investidores internacionais gostariam de ver o candidato tucano, José Serra, na frente das pesquisas eleitorais. Marquetices, penso. E explico: uma mistura de marketing político com tolices de quem não quer sair do poder. Imagino que seria bem legal se Lula e Ciro Gomes disputassem o segundo turno. Democracia é alternância no poder.

07. De resto, lamentei a morte de inocentes no conflito entre Israel e Palestina. O funk romântico perdeu o Claudinho. Rezei pela recuperação de um amigo que operou o coração. Escrevi sobre a santinha de Ferraz de Vasconcellos e torci o nariz toda vez que conferi meu extrato bancário. De quebra repeti ao menos cem vezes o grande achado da filosofia contemporânea: faz parte.

08. Ah!, e por falar nisso, dei uma espiadinha no Big Brother que também não sou de ferro. E, entre sonhos e esperanças, conclui que aquele quinhentão que o Caubói ganhou estava de bom tamanho numa certa conta do Itaú da Bom Pastor…