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Assim caminha a desumanidade…

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Ele denuncia a destruição da floresta, o capital sem ética, diz que sua instituição está aberta a todos e que os imigrantes precisam ser recebidos. Ataca populistas e nacionalistas, se abraça a líderes indígenas rejeitados por governos e pede que os marginalizados sejam colocados no centro de todas as políticas sociais. Com um discurso por uma nova Igreja, o papa Francisco deu um novo ar ao Vaticano. O primeiro pontífice do hemisfério Sul transformou a imagem da Santa Sé, se reuniu com indígenas e lavou os pés de prisioneiros. Mas ele também se transformou no próximo alvo da extrema-direita que, ao longo dos últimos meses, tem unido forças para debilitar o argentino.

Às vezes, a gente acha que tem experiência suficiente para ter visto tudo nessa vida.

Ledo engano.

E, quando menos se espera, lá vem o peteleco repentino da dura realidade que vivemos a nos deixar atônitos – e fazer pensar:

Tem jeito, não… Esse mundão que já foi de meu Deus rola, descontrolado, ladeira abaixo.

Nem o papa escapa à sanha daqueles que se autoproclamam os Donos do Poder.

Leio no UOL a reportagem do mais importante repórter da atualidade, Jamil Chade, e repasso a vocês para que tirem as próprias conclusões.

As minhas, aviso logo, são desoladoras.

Antecipo o resumo do resumo: grupos ultraconservadores reúnem-se para forçar a renúncia de Francisco ou, em última instância, juntar condições para influir decididamente na sua sucessão. De acordo, óbvio, com os próprios interesses. Que, acrescente-se, nada tem de humanitários e/ou religiosos.

A íntegra da reportagem – O próximo alvoAQUI

Bem verdade que, em Terra Brasilis, a semana começa arrastada em dor e pranto pelo bárbaro assassinato de outra criança: a menina Ághata Félix, 8 anos, por um tiro de fuzil numa operação da Polícia Militar no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro.

A morte ocorreu na sexta, dia 20.

Não é a primeira (só neste ano, foram 16) e, lamentavelmente, pela insensibilidade de nossos governantes não será a última.

Como se não bastasse a estupidez desta tragédia, é espantoso ouvir a fala do vice-presidente, general Hamilton Mourão, sobre a ocorrência:

“Isso é a guerra ao narcotráfico.”

Desalentador.

Outra reportagem de Jamil Chade trata desse tema no El País.

Leia AQUI

O título é:

Ághata, Raoni, Marielle: a realidade que ameaça abafar a voz de Bolsonaro na ONU

Assim caminha a desumanidade…

Por tantas e tamanhas, creio, não há motivo para trilha sonora hoje.

Ainda nenhum comentário.

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