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Badulaques e memória

Entre os meus cinco ou seis sinceros leitores, soube hoje – e prefiro não declinar o nome –, há aquele que defina nossa Blog como “um suceder de lembranças”. Mesmo quando o assunto é atual, lá estou eu, segundo parecer do amigo (posso chamá-lo assim?) a cavoucar as histórias do passado, ora como exemplo, ora como referência.

As duas últimas crônicas são exemplos do que ele chama de “nostalgia dos tempos idos e vividos”.
Mais do que cronista, blogueiro ou coisa que o valha, o sincero leitor diz que me aprumo melhor como “memorialista”.

Ops…

Não havia pensado nisso.

Mas, vejo algum sentido na observação.

Só não me considero um memorialista. É muita pompa e circunstâncias para os badulaques que escrevo dia sim e outro também.

Não que me considere assim um Rolandro Boldrin, o notável contador de causo (que está com livro novo na praça, “História de Rolando Boldrin, editado pela Contexto), mas gosto muito de contar as minhas prosas.

Além do que, é por demais honroso tê-los aí do outro lado da telinha mesmo que seja por breves momentos – inclusive o sincero leitor.

Por outra – e principalmente -, como disse, lá no passado, Heguel (frase posteriormente retomada por Marx no livro “18 de Brumário”), a história se repete, primeiro, como tragédia e, depois, como farsa.

Dois exemplos:

1 – Quando você assiste ao Jornal Nacional de cenário novo, interatividade e isso e aquilo e aquil’outro, o que você imagina?

Teremos um novo jornal, uma postura predominantemente jornalística, contemplando a informação e o esclarecimento da opinião pública.

Certo?

Errado, baby.

Não se iluda. É mais do mesmo, do que sempre foi.

Uma farsa, portanto.

2 – Quando vemos o Ilegítimo, avacalhado por contundentes delações de corrupção, viajando mundo afora para se apresentar como presidente do Brasil, é mesmo de doer. Quem tem olhos pra ver e ouvidos para ouvir pode avaliar o tamanho da tragédia que se aproxima…