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Bloco da Ressaca

A Banda da Ressaca está, neste momento, pelas ruas do histórico Reino Unido do Cambuci, anunciando abertura do Carnaval paulistano de 2009.

Para quem não sabe, o Cambuci – que o Zeca Camargo chamou de Vila Mariana no Fantástico, quando desabou o teto do Cine Riviera, então ocupado pela Renascer – é um bairro próximo ao Centro de São Paulo, cortado pela rua Lavapés, onde passavam os bondes. No início do século 20, foi esse chão que sustentou as evoluções do primeiro cordão das Terras de Piratininga. Que justamente levava no estandarte o glorioso nome: Lavapés.

A escola da Dona Eunice, fundadora e legendária figura do samba, deu origem a outros cordões e escolas de samba: o Paulistano da Glória (do inesquecível Geraldo Filme), o Império do Cambuci (do Sinval, ali no cortiço da rua Muniz de Souza), o Caprichosos da Liberdade, do meu amigo Darcy (por onde anda?).

Todo essa introdução é para mostrar o que é o Cambuci, velho de guerra. De italianos e crioulos, de Volpi, dos Vetorazzo, do Ramenzzoni, dos Sarcinelli, da Fábrica de Cigarros Sabrati, do Padre João, do Irmão Justino, das enchentes e dos Sete Campos…

Este Cambuci, abandonado pelos poderes públicos, tem história para contar.

Inclusive no samba.

Se vocês estiverem pela aí e virem alguns cinquentões animados e meio esbagaçados pela vida, podem acreditar, algumas dessas figuraças cresceram comigo entre os campos de futebol da Várzea do Glicério e o Jardim da Aclimação.

Por isso, o blogueiro, mesmo ruim da cabeça, doente do pé e coração combalido, saúda o pessoal da Ressaca e a sua alegria

Afinal, o blogueiro é de lá…

É cambucetense.