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E lá se vão 40 anos…

Estou terminando de ler “Roberto Carlos em Detalhes”, de Paulo César Araújo, graças a generosidade de um amigo que me emprestou um exemplar. Como todos sabem, a circulação da obra – belíssima, por sinal – foi proibida pela Justiça em atendimento à uma ação do próprio Roberto que não gostou de ter “detalhes” de sua vida assim expostos à sanha da curiosidade pública por um biógrafo que ele não escolheu.

Lamentei quando saiu à sentença; lamento hoje outra vez…

Uma curiosidade que pincei do livro transcrevo agora para vocês, mesmo sem pedir permissão ao Roberto e ao autor.

Acredito ser importante, pois lá se vão 40 anos…

“Algo mágico assolou a música popular naquele ano de 1969. Foi quando George Harrison compôs e os Beatles gravaram Something – talvez a melhor canção daquela década. Foi também em 1969 que Paul Simon compôs Bridge Over Troubled Water – talvez a melhor canção de todas as décadas. Foi também em 1969 que Elvis Presley gravou e retornou às paradas com Suspicious Mind, talvez o melhor rock. Foi também em 1969 que os Beatles gravaram Let It Be e The Long And Widing Road – talvez as duas melhores baladas. Foi também em 1969 que Tom Jobim e Frank Sinatra entraram no estúdio para gravar Wave e que Five Dimension fez o magistral registro de Aquarius/Let The Shushine In, do musical Hair. Foi o ano em que Burt Bacharah compôs Raindrops Keep Fallin’ On May Head e que Nilsson gravou Everybody’s Talkin – talvez as duas melhores folk songs da época. Como se não bastasse, foi também em 1969 que Stevie Wonder gravou Yester-me, Yester-you, Yesterday e os Rolling Stones You Can’t Always Get What You Want. No Brasil, foi o ano da volta de Jorge Bem com País Tropical, da partida de Gilberto Gil com Aquele Abraço e do protesto de Paulinho da Viola com Sinal Fechado. Como se não bastasse, foi em 1969 que Roberto e Erasmo compuseram duas de suas melhores canções Sentado À Beira Do Caminho e As Curvas da Estrada de Santos. Realmente, houve algo de mágico naquele ano de 1969.”

FOTO NO BLOG: Jô Rabelo