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É o Bush ou não é?

"Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor"

01. Se o velho guerreiro Chacrinha estivesse vivo, creio eu que as mais altas patentes americanas poderiam convocá-lo para esta hora emergencial. Ele, por sua vez, deveria chamar feiticeiras, loiras e morenas do Tchan (fariam uma versão ano 2000 das chacretes) para na base do programa de auditório resolver, de uma vez por todas, o grande mico que se transformou a apuração das eleições presidenciais americanas.

02. Vocês querem bacalhau? — gritaria para a platéia. E logo em seguida arremataria: É o Bush ou não é?… Aplausos, vaias, gritos e assobios. Terezinhaaa… — continuaria ele. É o Gore?… Nova manifestação da platéia. Mais dois é esseeee… e pronto! Mediríamos a intensidade dos aplausos e saberíamos quem seria o próximo presidente da mais poderosa nação do planeta.

03. A César o que é de César. Foi um fiasco! Que me perdoem os que tentam explicar o inexplicável. Não há o que justifique tamanho barraco em termos de organização e credibilidade do processo eleitoral; e mesmo em termos de cobertura jornalística. Os principais jornais americanos dançaram legal ao anunciar a vitória de Bush para depois desmentir, e informar que haveria recontagem de votos na Flórida e nada estava decidido…

04. Coisa feia. A velha cédula de papel (já aposentada por um certo país terceiro mundista ao sul do Equador), com um enunciado truncado confundiu eleitores — e fez inclusive membros de uma comunidade judaica votar em candidato anti-semita. Foi mesmo um barafom que deixou o mundo perplexo, e mandou para as cucuias o mito do perfeccionismo Made in Usa…

05. O episódio serve para que possamos valorizar o processo de votação eletrônica desenvolvido no País — e que no recente pleito municipal funcionou a contento mesmo nas mais longínqüas cidades. Para aqueles que gostam de minimizar usos e costumes, fica a lição. A Matriz não é a dona da verdade absoluta — e somos nós, brasileiros, que precisamos achar nosso caminho e solução para os nossos problemas. Imagine, pois, caro leitor, se tivéssemos apostado mais seriamente no pro-álcool (outra iniciativa tupiniquim), agora estaríamos livres, leves e soltos dos conflitos do Oriente Médio que tende a lançar o preço do barril de petróleo nas alturas…