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Em nome da democracia

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“O Brasil está doente!”

Leio a declaração de Ciro Gomes na coluna da Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

Tendo a concordar com o diagnóstico do candidato do PDT.

II.

Ciro está em Paris.

Viajou assim que terminou o primeiro turno das eleições presidenciais em que obteve o terceiro lugar – e, assim, a contragosto, ficou fora da peleja final

Ele se diz cansado.

Se bem entendi, mesmo com a ausência de palavras, arrasta uma mágoa com o Partido dos Trabalhadores por preferir encabeçar uma chapa própria à Presidência e não propor uma aliança das forças progressistas em nome da democracia, em nome do Brasil como nação contemporânea.

No entender de Ciro – e de muita gente -, era a vez dele.

III.

Não à toa, recentemente o irmão Cid Gomes fez declarações destemperadas num encontro com grupos que estão com Haddad. Depois se retratou no sentido de que era necessário o desabafo para posteriormente firmar “o apoio crítico”.

Agora Cid faz parte da campanha de Haddad.

IV.

A propósito, instantes atrás, soube que Marina também embarcou no tal – e bem-vindo – “apoio crítico” ao presidenciável do PT e que hoje deveria ser de todos os que defendem um Brasil democrático, socialmente justo e promissor.

Entendo o que sentem os Gomes, Marina, FHC e todo o pessoal de centro-esquerda. Entendo toda e qualquer observação que se faça sobre as escaramuças despejadas, uns contra outros, outros contra uns, ao longo deste renhido pleito eleitoral que entra em sua reta de chegada.

Só não entendo a omissão nesta hora.

V.

Diante da ameaça que ora enfrentamos, não é possível, em sã consciência, ausentar-se de uma efetiva participação.

Ir um tanto além do invólucro “apoio crítico”.

A cada dia, tomamos conhecimento de uma nova violação do Estado de Direito, de uma nova afronta aos princípios humanistas.

A cada dia, a onda de terror físico, psicológico e social se espalha e põe em risco o futuro do país.

Não se iludam o perigo é grande de afundarmos o Brasil doente no retrocesso, no obscurantismo, no confronto social.

VI.

Temo que seja tarde demais.

Ontem, o New York Times publicou um editorial sobre “a escolha triste do Brasil” que está prestes a se consumar.

Fala da nostalgia “por generais e torturadores”.

E mais, muito mais.

Leiam!

E ouçam Roberto Ribeiro e Gonzaguinha, em 1981 – o sonho da redemocratização era latente, e crível…

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Foto: Ricardo Stuckert/Encontro de Haddad com catadores, nesta segunda, em São Paulo.

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