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Em nome da mãe

Dose dupla do humor do Nasci que, por vezes, era sujeito a chuvas e trovoadas.

Foi o que aconteceu naquela manhã quando o jovem repórter – recém saído da faculdade e, como dizia o Nasci, “cheirando aos cueiros” – resolveu provocá-lo por causa da vistosa camisa xadrez que o Mestre ostentava, lembrança provável dos tempos áureos da TV Record.

Andávamos ali por abril, maio, o que motivou a suposta piada do meninão.

— As festas juninas começaram mais cedo?

Instintivamente todos olhamos para a camisa do recém-chegado.

Alguns riram.

Outros, nem tanto – conheciam melhor o calibre das respostas do Nasci.

O garoto ficou se achando “o esperto”.

O trocou não tardou, na voz pausada do velho jornalista.

— Pois é… Foi sua mãe que escolheu hoje cedo quando acordamos. Tivemos uma noite ótima, sabia?

Em outra ocasião foi a vez da secretaria balzaquiana enciumada com a pouca atenção que o Nasci lhe dava diante de uma nova contratada, jovem e bonita.

Depois de lhe entregar alguns documentos do RH, despediu-se com um sonoro:

— Tchau, Pai.

Alguns segundos de silêncio, e o inevitável coice encerrou o assunto.

— Belinha (e a moça ainda chamava-se Belinha) não seja injusta com a senhora sua mãe. Eu era garotinho, mas ela sempre me obrigou usar preservativo.

FOTO no blog: Jô Rabelo