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Entreato

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Tolo que sou, saí pela aí, com uns amigos, a botar uma banca que não me pertence.

Numa conversa que nada tinha a ver com jornalismo ou coisa que o valha, sacramentei que tema para escrever diariamente é o que não me falta e isso e aquilo e aquel’outro.

Não sei se meus animados interlocutores, etilicamente envolvidos, prestaram atenção na bobagem. Mas, o Degas aqui, no instante seguinte à fala, se arrependeu do que disse.

Lembrou o grande cientista da alma humana, o ex-técnico de futebol, hoje comentarista da Sport TV, o Murici que, um dia, tascou o grande pensar:

“A bola pune!”

Pensei também naquele samba que a Simone (por onde anda?) consagrou:

“O que será do amanhã?”

E, de quebra, na proverbial sabedoria  da vó Ignês destilada pelo cotidiano romanesco do bairro do Cambuci nos anos 50 do século 20:

“Quem fala demais dá bom-dia pra estátua. Pior, espera a resposta”.

(…)

Ai…

Meus incautos cinco ou seis leitores – e que não passam disso, pois toda vez que aumentam um tantinho trava o medidor de audiência do Uol Host – já perceberam:

Eis aqui um autor à procura do tema.

Não que não existam, estão todos aí no noticiário do dia.

E que noticiário!!!

Eu é que, hoje, não me sinto no barulho de tocar essa partitura de loas e proas aos novos ministros.

Tô fora!

Mais cedo do que se imagina, estaremos ouvindo a inefável sinfonia dos ‘arrependidos’.

Aguardem!

(…)

Por hora, ai de quem tem tentar alertar para o festival de besteira que assola o país (sua bênção Stanislaw à este humilde cronista à deriva).

A ‘mitaida’ eufórica descarrega o caminhão de melancias sobre todo e qualquer argumento que não seja o pastoso “agora-vai”

Estão todos, bisonhamente encantados, seguindo, tristes, a banda dos contentes.

Inclusive, nossa invertebrada Imprensa, com as raras e elogiáveis exceções de sempre.

(…)

Ops.

Já estou no fim do post – e objetivamente nada consegui lhes dizer.

Digamos, então, que este seja um breve entreato. A vida está repleta deles, pois não?

Amanhã, prometo lhes trazer um roteiro melhor ajambrado, com tema e subtema.

Prometo, mas não juro.

(…)

Só mais uma ressalva:

Gosto de melancia, especialmente no verão; mas prefiro fatiada. Além do que, hoje, em minha caminhada matinal, até topei com uma estátua, dei bom-dia. Mas, ressabiado, não esperei a resposta.

Como o texto de hoje, deixei pra amanhã.

Foto: Lucas Lima (não é o boleiro, não; é meu ex-aluno, amigo e grande repórter-fotográfico)

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