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Erasmo (3)

Vou lhes contar porque não esperei por hoje – quando Erasmo Carlos completa 68 anos e lança o novo disco Rock’n Roll – para dar início a série de posts/homenagens a um dos mais expressivos nomes da música popular brasileira, nos últimos 50 anos…

É uma dívida que tenho comigo mesmo.

Seguinte.

Entrevistei Erasmo várias vezes. Ora por lançamentos de discos novos ora por shows que faria em Sampa. Também fiz matérias com ele quando completou 40 e 50 anos – nós, da Imprensa, adoramos números redondos.

Quando Erasmo estava prestes a completar 60 anos, eu fazia uns frilas para o Caderno de Domingo do Jornal da Tarde.

Mais ou menos como hoje funciona com os 50 anos de carreira de Roberto Carlos, a mídia na ocasião ficou ouriçada com o cinqüentenário do Rei, que é de 19 abril de 1941. Por isso, na esteira de toda essa badalação e de olho na minha agenda, propus ao editor do Caderno, o jornalista Odir Cunha, fazer uma grande reportagem com Erasmão ainda em maio.

Imaginei que a data – igualmente importante para a MPB – passaria batido dos jornalistas. O Tremendão vivia um dos habituais períodos de recolhimento, distante dos holofotes e em busca de inspiração para reinventar o velho e bom roquizinho que ele tanto ama e faz como raros no Brasil.

Odir deu sinal verde para o projeto.

E eu me pus a campo para marcar a entrevista.

Mas, confesso, envolvido com outros projetos, diria que vacilei um tantinho.

Um tantinho suficiente que me fez perder a hora e a vez.

Uma semana antes do 5 de junho, a Folha de S.Paulo trouxe uma ampla reportagem, de página inteira, com Erasmo – e eu nunca mais toquei no assunto.

Dizem que bom malandro não chia.

“Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira, dá volta por cima.”

PS. Só toquei no assunto hoje para que sirva de lição aos que estão por vir. Em jornalismo, não se pode deixar para amanhã o que obrigatoriamente somos obrigado, por força de ofício, hoje.

PS (2). Mesmo falando de um roqueiro convicto, não resisti e terminei o post com a citação de uma canção de Paulo Vanzolini, um sambista paulistano da velha guarda.