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Festa balada de descasamento

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Leio no visor do celular a reportagem sobre uma moça que, nos arredores de Curitiba, fez uma festa balada de descasamento, orçada em 75 mil reais.

Não sei quanto custam essas festas de casamento hoje em dia.

Aliás, nunca soube.

Sei que 75 mil é uma dinheirama.

Agora, verdadeiramente, não foi esse, digamos, o detalhe que me chama atenção na matéria – e, sim, a classificação da tal festa.

A saber: festa balada de descasamento.

Olaia…

Por alguma associação involuntária e indevida, lembrei de pronto a expressão que meu vô Carlito repetia vez ou outra:

“Não importa que a mula manque, o que eu quero é rosetar”.

O que vem a ser festa balada de descasamento?

Sou do tempo das farras, da gandaia, da esbórnia. Para sorte minha, a explicação vem logo nos primeiros parágrafos.

A festeira namorou e noivou durante 13 anos e meio.

Um tempo considerável.

Fez planos e projetos.

Entre os quais, a festança do casório.

Fechou contrato e tudo para o dia que seria o dia mais feliz da sua vida.

Mas, porém, contudo, todavia, entretanto…

No meio do caminho, não houve necessariamente uma pedra. Só que o inevitável aconteceu.

Ela olhou para o Pimpão.

O Pimpão olhou pra ela – e caíram na real e não se olharam mais como se olhavam antes,

Tanto tempo juntos nas quebradas desse mundaréu, conversaram e chegaram a conclusão: nada tinham em comum. Um com o outro e o outro com o um.

Coisas da vida.

Em resumo, a moça não quis perder o investimento.

Trocou o vestido de noiva por outro princesa medieval – e mais dois outros não detalhados na matéria para entradas triunfais.

E foi saracotear na pista de dança com o novo namorado que ela, ao 29 anos, já se convenceu de que não tem tempo a perder.

Detalhe: a festa foi à fantasia.

E o novo eleito, em determinado momento, pirâmides à parte, apareceu de faraó.

Não sei o que o amável leitor pensa a respeito.

Inclusive, sobre a decisão deste desalinhado escrevinhador de tomar como tema de hoje assunto tão mundano.

Explico logo que achei divertido.

A moça me pareceu corajosa.

Mas, há outras duas razões que gostaria de ressaltar:

1 – o antigo namorado/noivo compareceu à noitada? Ou foi simples e merecidamente defenestrado, pois não contribuiu com nenhum centavo para a pândega? Se assim for, tudo leva a crer que ele não queria a festa e o rompimento foi, mesmo que algo tardio, bem oportuno.

2 – vez ou outra, por força dos meus ralos cabelos grisalhos, alguns amigos incautos me pedem aconselhamentos sobre negócios que desejam abrir. Nunca tenho o que lhes dizer. Hoje, porém, vou sugerir que invistam no setor de eventos baladas de descasamentos. À fantasia ou não.

E explico:

Se a moda pega vai faltar salão na praça.

Ainda nenhum comentário.

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