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Há 75 anos nascia o Palmeiras, campeão

Faltavam duas rodadas para o fim do Paulista. Por coincidência, o próximo rival seria o vice-líder São Paulo. A vitória daria o título antecipado aos palmeirenses. E o revés deixaria tudo para a última rodada, que teria Corinthians x Palmeiras.

O clima para o jogo ficou tenso e hostil. Houve reforço no policiamento.

A torcida contra os palmeirenses estava inflamada no Pacaembu. E só a astúcia do capitão Adalberto Mendes conteve o protesto antes de a bola rolar. O militar foi o interventor do governo para fazer valer a mudança de nome da equipe alviverde, mas, alçado à vice-presidência, se apegou ao clube e o ajudou.

Mendes sugeriu que o time levasse a campo a bandeira do Brasil -o que era proibido. Já ele foi além, vestiu a farda e liderou os atletas na entrada no gramado. A torcida até iniciou vaias, mas, ao ver o militar e o pavilhão nacional, conteve sua ira.

O clássico foi disputado com violência. O placar marcava 3 a 1 para o Palmeiras quando, aos 19 min do segundo tempo, um pênalti a favor do time alviverde deflagrou uma confusão. Inconformados, os são-paulinos não permitiam a cobrança, até que o capitão Luizinho orientou o time tricolor a sair de campo.

*Trecho da bela reportagem “Há 75 anos, dirigente do São Paulo fez Palestra virar Palmeiras”, assinada pelo jornalista Alberto Nogueira, publicada na Folha de S.Paulo, hoje.

II.

Lembranças do tempo de menino, anos 50…

O pai e os amigos italianos do pai – todos palestrinos/palmeirenses, claro – não suportavam o São Paulo Futebol Clube. Um sentimento que, entre eles, ia muito além da tradicional rivalidade já existente entre Palmeiras e Corinthians.

Só mais tarde entendi o real motivo.

“O Corinthians é adversário. O São Paulo, inimigo” – era o bordão da tropa de oriundis que frequentava o Bar Astoria nos finais de semana para jogar Patrão e Sotto, falar de futebol, apostar nas corridas de cavalos (havia uma jogatina clandestina ali) e, vez ou outra, já breacos, entoarem tradicionais canções napolitanas.

A frase era atribuída originariamente ao grande Oberdan Cattani, o goleiro-herói da arrancada histórica de setembro de 1942. Mas, todos esses a repetiam com cenho franzido e contida indignação.

Afinal, havia três ou quatro são-paulinos na turma. Eram amigos também, e não fizeram parte “da barbaridade” que foi a ação do diretor do Tricolor ao tentar tomar o então Parque Antárctica, pelas circunstâncias da Segunda Grande Guerra.

Outra frase famosa que a italianada gostava de repetir era o consagrado mote perpetrado pelo então diretor Mário Minervino:

“Não nos querem Palestra, pois seremos Palmeiras e nascemos campeões! ”

Nostálgicas lembranças que a reportagem da Folha hoje me proporcionou.

Leia também no Lance.

III.

Um tantinho mais da nossa notável história, o palestrino/palmeirense poderá conferir na mostra “Nascemos Campeões” Exposição “Nascemos Campeões”. Local: Academia Store Augusta – Rua Augusta, 2078. Até 30 de setembro, das 12 às 20 horas. Domingo, das 12 às 16 horas. Telefone: (11) 3062-7633

 

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