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Às Margens Plácidas do Ipiranga

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PREFÁCIO

Rodolfo C. Martino teve a feliz idéia de reunir seus escritos neste livro. É o resultado de uma vida de trabalho… É importante ter ele conseguido reunir sua produção jornalística e com isto permitir ao leitor, que o acompanhou pela Gazeta do Ipiranga nestes últimos vinte anos, rever e compreender a sua maneira de pensar.

É um livro multifacetado e nele encontramos de “Artigos de Fundo” a “Crônicas”, compondo um harmonioso exemplar, com o toque mágico do Ipiranga, local onde começou a se firmar a idéia de uma nação.

Às margens plácidas do Ipiranga é a soma do conteúdo e da forma a narrar o vivenciar das gentes “de carne e osso” que povoam suas casas modestas ou suntuosas e dão um colorido especial à cidade da qual este bairro singular é parte. Por outro lado é visto de outro ângulo, é uma obra que olha o mundo pela ótica do bairro.

E o bairro acolhe e sustenta a Gazeta do Ipiranga, que passa a ser o elo de ligação entre o homem/jornalista Rodolfo Martino e o mundo exterior que o lê. E lê porque a Gazeta é, a um tempo, um órgão de imprensa vibrante e independente. Como diz Rodolfo Martino… “Como todo noticioso que se preza, os jornais de bairro precisam necessariamente ter vida independente, sem vínculos com instituições ou partidos políticos” e ainda: “os jornais de bairro, em verdade, atuam dentro de um universo bem específico, com características e linguagens próprias. Aliás, aí está o grande trunfo, e o antídoto, mais eficaz contra eventuais investidas dos “tubarões da notícia”. Antes de mais nada, deve-se entender e viver o bairro que lhe empresta o nome e garante a sobrevivência”.

Pois foi dentro do jornal independente do bairro da Independência que o autor foi bradando pela sua própria liberdade como escritor… Creio que conseguiu o objetivo a que se propôs e o resultado surge com esta obra.

É livro de se ler de uma vez só… Nele vamos encontrar termos densos como as Diretas-já ou a questão da Ética e da Informação, mas também bastante futebol e, numa das passagens, o nosso querido Ademir da Guia (o Divino) e uma série grande de crônicas bem humoradas como as que envolveram o “sábio-malandro” ou os fantasmas da entrevista presidencial ou ainda o Timbira e a sua insatisfação com a representação ao vivo, no documento, do ato da Independência que, ao sair, dizia que no ano seguinte veria pela TV. Lembro ainda da repercussão do drama daquele homem simples que sonhou com a “casa própria” e acabou propondo doá-la, o que não conseguiu porque a burocracia não deixou.

A vontade é de resumir cada um dos termos tratados, antecipando, pelo meu olhar, aquilo que gostaria de salientar de todo volume. Isto seria como que contar o fim de um filme de suspense a quem ainda não o viu. Como não gosto de ser “desmancha prazer” não o fiz nem o farei e espero que, como eu, que tive o privilégio de ler Às margens plácidas do Ipiranga antes da versão final, os leitores tenham a mesma alegria e sintam o mesmo prazer que senti ao acompanhar Rodolfo C. Martino no seu percurso histórico de mais de vinte anos, através das páginas do vibrante jornal Gazeta do Ipiranga.

Antes de virarem a página, o registro da minha gratidão e a certeza de minha alegria pelo convite para que eu fizesse o prefácio. Honrado, mais uma vez, convido a todos para percorrer o livro e recapitular muito da nossa História Recente.

Professor Titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade São Paulo e ex- diretor do Museu Paulista da USP, “o famoso Museu do Ipiranga.”

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