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O amor. Na linha do horizonte…

O amor tem múltiplas formas.

A intensidade, porém, é única.

Ama-se ou não.

II.

Lá naqueles idos e havidos o Nasci queria nos iniciar nos árduos caminhos da existência.

Valia para o jornalismo.

(Éramos então jovens repórteres naquela idílica redação de piso assoalhado e grandes janelões para a rua Bom Pastor.)

Valia para a vida.

(Éramos igualmente noviços na arte de amar e viver e versa e vice.)

III.

Então, o Mestre (por vezes, até em tom de brincadeira assim o chamávamos) discorria sobre os amores vários que marcaram sua vida. Fulana, Beltrana e Sicrana (não dizia os nomes reais, pois era discreto e cerimonioso até) recebiam tratamento de mulheres mais do que amadas. Era uma deferência a quem tantas e tamanhas felicidades um dia lhe proporcionou…

IV.

Fazíamos pouco do carinho e da elegância, com que as tratava.

Afinal, dizíamos em tolo regurgitar, todas estavam casadas e/ou vivido e saboreado outros romances, tão ou mais plenos.

V.

Nasci divertia-se diante do nosso embaraço.

Não que menosprezasse nossas limitações nessa intrincada seara.

Nada disso.

Apenas fazia questão de repetir o slogan que outro veterano daquela redação nos impunha, implacável diante do nosso insípido vigor de quem nada, de relevante, até então vivera.

– Vocês são jovens e inconsequentes.

E acrescentava:

– O que é bom também. Mas, limita a ação e o entendimento de vocês para a verdadeira dimensão de um sentimento que não se explica, vive-se e pronto. Amar mais do que levar alguém para a cama. É bom também, e fundamental. Mas, não é tudo.

VI.

Papo de coroa, dizíamos.

Desmerecíamos os toques que o Nasci queria nos passar. Para que não abríssemos mãos de viver um grande amor. E estivéssemos preparados para reconhecê-lo assim que surgisse na linha do horizonte…