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Palhasseata

O amigo Poeta me diz que hoje é o Dia do Circo.

Ele chegou agora do Centro de São Paulo e diz que, em comemoração à data, houve uma “palhasseata”.

Estranhei o neologismo.

Sorrindo ele me explicou:

— Havia uns 80 palhaços reunidos em frente ao Teatro Municipal, ali na Praça Ramos de Azevedo. Estavam aprontando mil brincadeiras. Até que um deles sugeriu que se improvisasse uma passeata pelos arredores.

— Vai ser uma “palhasseata” inesquecível, sugeriu um deles.

E lá se foram todos alegrando as ruas do Velho Centro paulistano.

Lamentei não estar por ali para viver um tantinho desse encantamento.

O amigo que, além de fazer versos – daí o apelido – é também um belo gozador, disse que eu relevasse, pois “ninguém notaria a ausência de um palhaço triste como eu”.

Não respondi a provocação por dois motivos.

Primeiro, porque só de imaginar a cena lembrei-me dos tempos de infância quando a minha alegria era vê-los em ação. Alguns como Piolin, cheguei a ver sob a lona do circo que levava o seu nome, nas imediações da avenida São João, se bem me lembro. Outros, como as duplas Arrelia e Pimentinha e Torresmo e Fuzarca, eu acompanhava pela TV. Eram impagáveis.

O segundo motivo é que hoje, justo na data em que se comemora o Dia do Circo, é aniversário do Poeta.

Parabéns, amigo!

Ficam essas maltraçadas como modesta homenagem.

A você e ao saudoso Piolin, pois a título de esclarecimento, registro que o Dia do Circo é comemorado em 27 de março, pois é a data em que nasceu Abelardo Pinto, em 1897.

Você é um tantinho mais novo…

Mas, tudo bem, vida que segue…