Deu na CBN agora agora…
Ronaldinho, o Gaúcho, não se imagina fora da Copa da África do Sul.
“Me parece impossível um Mundial sem Ronaldinho em campo.”
Uma longa entrevista com o craque do Milan chega às bancas italianas amanhã nas páginas da revista Chi que a Ansa, agência de notícias italiana, tratou de esparramar trechos ainda hoje e mundo afora.
Está inclusive na home do UOL.
“Por isso digo que honrarei o meu país e, junto com a minha seleção, vencerei.”
Curiosa a declaração de Ronaldinho.
Vem exatamente no momento em que a um clamor na mídia e na opinião pública brasileiras pela convocação dos santistas Neymar e Ganso.
Parece até um alerta, do tipo: Ops! Estou vivo, estou na área.
Só não sei se vai colar.
Ainda ontem vi na TV uma declaração do técnico Dunga em uma dessas recentes coletivas da vida.
Foi taxativo ao repórter que lhe perguntou sobre a possibilidade de alguma surpresa na lista final da convocação a ser divulgada em 11 de maio.
“Em futebol, não há surpresas.”
Para Dunga, quem acompanhou esses três anos e meio de trabalho à frente da seleção “e entende de futebol” viu quem conquistou seu lugar entre os 23, aproveitando as oportunidades que surgiram.
A dedução que se faz é que Ronaldinho, mesmo com a profissão de fé que fez aos repórteres italianos, está fora assim como todos aqueles que vacilaram (caso de Diego, Hélton, Wagner Love, Diego Souza, Hernanes, Miranda e outros mais) ou sequer foram chamados.
Lamento por Neymar e Ganso.
Lamento também – e acho que sou só eu – a ausência de Alex, do Fenerbhace, que é um craque indiscutível, consagrado e não foi sequer uma vez testado por Dunga.
Enfim, como escreveu Guimarães Rosa e meu amigo Valdir Boffetti gosta de repetir:
— Pão ou pães é questão de opiniães.
Assim é, me parece, também com a seleção e as seleçães.
** FOTO NO BLOG: Paris/arquivo pessoal
