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Pelas serras gaúchas…

Retornei à região das Serras Gaúchas após algum tempo distante.

Já andei por lá algumas vezes.

Ao menos duas, se bem me lembro.

A primeira, que me lembro, foi para fazer uma reportagem para o Jornal da Tarde sobre as transformações da indústria do vinho no Brasil. Foi lá pelos fins dos anos 90 e toda a nossa produção vinícola vivia sob a ameaça da concorrência dos vinhos importados.

A segunda foi à coisa de seis anos. Estive em Caxias do Sul e Bento Gonçalves para participar de um Congresso Internacional de Comunicação e também para fazer o lançamento do meu segundo livro “Meus Caros Amigos – Crônicas Sobre Jornalistas, Boêmios e Paixões”.

Em ambas, vou lhes ser sincero, não me impressionei muito com o cenário e as paisagens. Achei bonito e tal, mas o que me chamou a atenção foi o modo de vida – super organizadinho – da população local.

– O inverno aqui é maravilhoso, alguém me disse.

Nas duas ocasiões, ouvi também que a turminha se preparava para ser um dos principais pólos turísticos do País.

Não duvidei, também não levei muita fé.

Desta feita, aproveitei a semana de recesso para um bordejo pela região, incluindo diversas cidades e arredores. Fiquei em Gramado, mas fui também a Canela, Garibaldi, Nova Petrópolis, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Igrejinha…

Pude perceber que a promessa que me fizeram lá trás, e eu pensei que era só da boca para fora, vem sendo cumprida; diria, que com louvor.

Não sei a quantas andam os números de visitação por ali. Fiquei sabendo que são bons, e promissores. À época do Natal, com o espetáculo a céu aberto em Gramado e a decoração das ruas e lojas, tais índices batem todos os recordes, ano a ano.

Não duvido, não.

No entanto, o que mais me provocou nessa viagem não foi o vinho, não foram os queijos, os chocolates, os calçados, os casacos de couro, as malhas…

Não foi nenhum desses artefatos de boa qualidade que produzem.

Foi, sim, a qualidade de vida que se tem ali.

Parece um outro Brasil.

Ou melhor, parece com o Brasil que gostaríamos que fosse. Organizado, limpo e incrivelmente cidadão.

De olho no passado, vivem o presente e constroem um belo futuro.

Deu até vontade de se mudar pra lá, de mala e cuia.

(Difícil vai ser enfrentar o amargo do chimarrão – argh…)