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Por que não falei de Curaçao?

Livre das atribulações do mestrado – que concluiu recentemente, conforme registrei no post de 27 de abril, o amigo Poeta quer viajar. Já renovou o passaporte, está tirando o visto para os Estados Unidos e ainda quer conhecer o Caribe.

“Uns poucos dias numa praia ensolarada para fugir do frio, da chuva e relaxar.

Acho que mereço” – ele me diz em tom de acadêmico que agora é.

– Vai pensar no doutorado? – pergunto em tom de provocação.

“Por enquanto, não. Quero comprar uma máquina fotográfica em Nova Iorque, que sai mais em conta, e espairecer nas praias de alguma ilha do Caribe que ainda não conheço.”

Meu amigo está podendo.

Brinco que ele é um felizardo. Em tempos de crise rasgada, o homem pensa nas férias de julho e fala em duas viagens internacionais.

“Olha quem fala!” – ele retruca. “Quem viajou em abril para Curaçao, e sequer postou uma linhazinha sequer sobre a ilha? Quem? Quem?”

Para que fui cutucar o tal?

Disfarço.

Digo que ele está certíssimo, que viajar é a melhor coisa do mundo. Que isso e aquilo e aqueloutro.

“Está bem, está bem, mas por que não postou nada sobre a viagem? Quem sabe não me inspira na escolha?

Tento me explicar, enrolando a primeira parte da resposta.

“Não sei explicar, com precisão, o encantamento que toda viagem me traz. E reconheço que sou um viajante bem atrapalhado… Mas sobre Curaçao, amigo Poeta, também não sei lhe dizer o porquê ainda não consegui escrever.”

Penso e repenso.

Voltei ao Brasil com a presidente praticamente impichada, com o alvoroço daquela hedionda sessão do Câmara Federal e os fatos nessa área se sucederam, cada vez mais sombrios, cada vez mais tenebrosos.

Não há como ficar de fora desse rodamoinho.

Desde então quase todas as minhas crônicas só tratam desse tema. Já fui até cobrado por alguns dos meus parcos leitores.

Fiz um post recente (10 de maio – “As coisas que eu vou contar”) em que tento me explicar os motivos que levaram o jornalista a suplantar o cronista.

Vejam lá, se quiserem e voltem aqui.

Pois amanhã, faça chuva ou faça sol, atenderei ao pedido do amigo Poeta e escreverei sobre Curaçao.

Aviso logo! Não esperem nada no estilo de Amaury Júnior que não tenho essa vocação toda, não.