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Só existimos para o mundo se… (2)

“Quem não se comunica se estrumbica” .

A máxima daquele saudoso filósofo-comunicador-e-guerreiro contemporâneo é mais do que emblemática para os nossos dias.

Dia desses, em reunião com seus pares, jornalistas e professores, o nosso amigo ouviu de um dos presentes que a Comunicação de hoje engoliu os critérios de noticiabilidade.

(Ops! Olha o dialeto titânico – de Tite, treineiro do Coringão – fazendo escola.)

Traduzindo para os leigos:

A tal relevância jornalística foi mesmo para as cucuias nos dias atuais.

Ou seja:

A briga do apresentador com o ex-jogador que virou comentarista, a twitada do boleiro, a roupitcha da estudante vestida para matar, o regime do Zeca Camargo e outros que tais valem mais – ou no mínimo tanto quanto – a grande manchete econômica, política e social do dia.

Salve o mundo globalizado, e virtual.

Nas redes sociais, voz e vez aos que tem acesso ao mundo digital.

Fala-se de tudo e de todos.

É um salve-se quem puder. Reputações e bizarrices rolam ladeira abaixo.

A liberdade de expressão assegurada, sem limites.

Ufa!

Estamos todos bem…

Mas, bastou certa moça desaparecer do email, não atender o celular, ignorar o SMS, esquecer de dar um “olá” no twitter ou não aparecer com caras, bocas e trejeitos no facebook para que o coração e a alma estremeçam – e só aí o nosso herói, agora já entrado em anos, dá razão ao dom Paulo e, pessoalmente, passa a viver o maior de seus tempos obscuros e deixa de existir para o mundo.