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Sobre Nara Leão…

Leio na Folha de hoje os primeiros 12 discos de Nara Leão foram reunidos em uma caixa (Nara Leão – Samba, Festivais e Tropicália) que chega, por esses dias, as boas casas do ramo.

Para um domingo nublado, como hoje, saboreio a leitura já antevendo que será o assunto do post de hoje.

Mais do que oportuno – e explico o porquê.

Não são todos, mas há um bom número de estudantes que me procuram para conversarmos sobre música popular brasileira. Querem informações para desenvolver algum projeto acadêmico, seja na área de Comunicação, seja nas áreas de Arte e Cultura.

Olha que já conversei sobre nomes (Caetano, Simonal, Demônios da Garoa, Clementina de Jesus, João Nogueira, Adoniran, Raul Seixas, entre outros), movimentos musicais e gêneros (jovem guarda, bossa nova, tropicalismo, pós tropicalismo, os festivais da canção, o rock dos anos 80, samba de breque, a canção e o romantismo etc) e por aí vai.

Poucos desses jovens apaixonados pela MPB tem noção da importância da capixaba Nara Lofego Leão Diego (1942/1989) para os sólidos rumos da manifestação cultural que mais ratifica a identidade cultural da nossa gente.

Os CDs contemplam fundamente os anos 60, período em que surgiu a chamada geração de ouro da MPB – Caetano, Elis, Vandré, Edú Lobo, Gil, Chico, Paulinho da Viola, Mílton, Benjor, Toquinho, entre outros.

Nara, meus caros, foi o esteio e a precursora de muitas das transformações e de tantas conquistas.

“Quando apareceram as primeiras oportunidades de se mostrar cantando, não foi uma cantora que se mostrou. Foi uma pessoa, uma moça que cantava (…) de um jeito muito especial: simplesmente cantando. Nenhuma pose ensaiada, nada de olhares e sorrisos fabricados no espelho. A voz suave, uma espécie de meiguice sonora, vinha natural e carinhosa da suavidade que era a própria Nara” – escreve sobre ela o jornalista Jânio de Freitas (autor das fotos das capas de seus dois primeiros discos) em texto que vou guardar no meu baú de preciosidades.