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Sobre o campeonato brasileiro…

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Com a definição do Campeonato Brasileiro a quatro rodadas para o final do certame, estou certo que voltará à baila a queda de braço entre as formas de disputa: mata-mata versus pontos corridos.

Há defensores ferrenhos e convictos de ambos os lados. À medida em que o torneio vai se desenrolando e os fatos dão razão a um ou ao outro, sobe a temperatura dos debates.

(…)

Quem prefere os pontos corridos argumenta com a legitimidade da disputa. O campeão é o time que mais soma pontos, todos jogam contra todos, dois turnos – um jogo em casa, outro fora – e cousa e lousa e mariposa.

Enfim, um equilíbrio de critérios…

(…)

Por outro lado, em casos como o deste ano, é notório que o campeonato perde seu maior interesse [que é a disputa do título]. Os jogos serão arrastados. Mesmo que tenhamos outras pendengas em disputa, como os participantes da Libertadores e quais serão os times rebaixados.

Se entendermos o esporte como negócio, há um esfriamento de emoções justo no momento em que a reta de chegada deveria estar mais efervescente.

Imagino a turma da TV querendo salvar a audiência dos jogos que ainda faltam…

(…)

A turma que defende o mata-mata, tenho certeza, vai brandir seus argumentos a partir de agora. Um campeonato com grandes finais – e vários clubes envolvidos na disputa do título – é bem mais emocionante, rentável; prende a atenção de todo o país; aumenta o público nos estádios; pode ser vendido e transmitido para o mundo todo.

Afinal, vivemos na era do mundo como uma aldeia; aproveitemos o que há de melhor na tal da globalização; grandes espetáculos têm apelo planetário…

Não há como descartar o aspecto financeiro de todos os segmentos que estão envolvidos com o esporte: os clubes, os patrocinadores, os grandes veículos de comunicação…

Enfim…

(…)

Por questão de justiça dentro das quatro linhas, também me fiz, ao longo desses anos, defensor do campeonato de pontos corridos. Até porque já temos Libertadores, Copa do Brasil, Regionais que são jogados no outro sistema.

Gosto das diversas “finais” que ocorrem ao longo do torneio e da sensação de que há mérito indiscutível na equipe que se sagra campeã.

É uma sensação que tenho…

(…)

Porém – e sempre existe um porém, como dizia Plínio Marcos -, fiquei a remoer o tema depois de ouvir, semanas atrás, a opinião do técnico Mano Menezes.

Se bem entendi, ele propõe uma forma híbrida do Campeonato Brasileiro. Permaneceria em dois turnos, todos jogando contra todos. A diferença é que teríamos um campeão do primeiro turno e outro no segundo turno que fariam a grande final em dois ou três jogos. Para efeito de Libertadores e Sul-americana, além do descenso, valeriam os pontos conquistados nos dois turnos.

Mano Menezes citou, como justificativa, essa nova fórmula de disputa da Libertadores, da Sul-americana e mesmo da Copa do Brasil que se espalhou pelo calendário do ano todo. Isso prejudica – no entender do técnico – o desempenho no Brasileirão de equipes que foram bem no ano que passou e, por merecimento, alcançaram metas maiores, de disputar torneios de relevância internacional.

(…)

Alguém da mesa-redonda, um jornalista, citou como exemplo o Grêmio deste ano. Segundo consta, desperdiçou 16 pontos em confrontos que entrou em campo com o time B ou mesmo o C, preservando os melhores para os jogos da Libertadores.

Faz sentido.

Pintou o talvez…

(…)

Fiquei remoendo essa proposta, confesso.

Mas, como não sou dono da Globo, nem tenho anunciantes ávidos por mais exposição midiática; também não sou dirigente de clube que escorregou na campanha deste ano, ainda vou ficar com os pontos corridos para o Brasileiro.

É mais justo!

Que vença o melhor!

Mesmo que esse melhor seja aquele outro time…

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