Não tive um dia fácil ontem.
Entendam, por favor, o vago tom da conversa de hoje.
(…)
Fiquei longe da TV e dos jogos da Copa.
Por isso, se o incauto leitor e a preciosa leitora estiverem esperando alguma novidade do Planeta Bola que me perdoem… Mas terei que dispensá-los por aqui.
As jogadas e decisões, todas – grandes ou pequenas, fáceis ou difíceis; em sua maioria, sinuosas e, ao menos por enquanto, indecifráveis aos olhos do futuro … todas, todas, foram minhas.
E não havia como ser diferente.
(…)
Há momentos na vida que nos pedem um tanto mais de atenção. Para com os arredores, mas, sobretudo, para com a gente mesmo.
Ouvi amigos.
Ouvi pessoas que se dizem amigas.
Ouvi os não-amigos (porque não me considero uma pessoa importante a ponto de ter inimigos).
Ouvi pessoas que mal conheço.
E os parças que bem conheço.
(…)
Analisei friamente o tudo e o nada.
E lá pelas tantas, percebi, que o imbróglio todo se resolveu por si próprio. Pois, euzinho, amo e senhor dos meus ais, não tinha/tenho/terei qualquer controle sobre a situação.
Já se viu num enrosco desses, caro leitor?
Fiquemos por aqui com a pensata.
Por enquanto…
(…)
No meio da tarde, em meio à tanta nebulosidade, veio a notícia triste que se sobrepôs a qualquer outra aflição.
Morreu em São Paulo o jornalista José Marques Melo, aos 75 anos, em seu apartamento, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Marques era, seguramente, o mais expressivo nome entre os pesquisadores e estudiosos da Comunicação em nosso País. De reconhecimento internacional, e um sem número de trabalhos realizados e premiados nesta área.
Ele estava à frente da Cátedra da Unesco na Universidade Metodista de São Paulo e, mesmo debilitado pela doença, não parou, um dia sequer, de produzir, escrever e, de alguma forma, inspirar a Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, outra de suas utopias que se transformou em realidade.
Aos familiares, especialmente ao filho Marcelo, com quem convivo na Escola de Comunicação Educação e Humanidades, meu sincero pesar. E o abraço fraterno…
O que você acha?