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Um livro chamado museu

Foto: Twitter

Entrevista de José do Nascimento Júnior à revista digital Calango Letrado.

(Brasília. Setembro 2021)

É importante que a gente pense os museus como um livro.

Quando vamos aos museus, temos ali uma narrativa.

Por isso que é importante a gente pensar desta forma.

Quando levamos as crianças ao museu ou quando as pessoas vão aos museus, elas estão aprendendo a ler aquela realidade.

Por isso é importante levar a crianças várias vezes aos museus.

Ir ao museu é uma alfabetização da memória – e as pessoas se alfabetizam.

É como se a gente nunca abrisse um livro para uma criança, ela jamais iria saber que a soma daquelas letras formaria um parágrafo, uma linha, um texto – e ela nunca iria saber ler.

A ida ao museu promove a alfabetização da memória, e isso é fundamental para os professores e para as crianças.

Se a população nunca foi ao museu, não terá contato com aquela narrativa que está ali.

O museu é um aprendizado, uma vivência histórica e cultural.

Por este motivo os professores e as crianças precisam ir até lá.

As crianças necessitam ter o gosto de chegar em casa e dizer aos pais. Incentiva-los a desenvolver o costume de visitar os museus em família.

Cria-se assim o hábito de ler as narrativas da memória e da cultura.”

*José do Nascimento Junior é cientista social, museólogo, mestre em antropologia, doutor em museologia e patrimônio cultural, ex-presidente do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) e ex-presidente do Ibermuseus. Foi diretor e gestor de várias instituições. É autor do livro De João a Luiz 200 anos de Política Museal no Brasil (Editora Vermelho Marinho, 2020) – e, importante!, meu dileto amigo.

* Nascimento Júnior é filho do saudoso amigo e mestre Nasci…

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