Foto: Arquivo Pessoal
…
Aproveito os dias de folga no Blog para mexer nos textos que pretendo reunir para um novo livro.
Ou seria melhor dizer, “um novo/velho livro” de tão antiga que a ideia é.
Por alguma razão que desconheço a fundo reluto, ano após ano, a colocá-la em prática.
Começo e paro, começo e paro, começo…
…
Curioso que o tal projeto nem sequer se mostra tão complicado assim.
Seria uma coletânea de crônicas que escrevi a partir de observações e experiências que fiz e vivi nas andanças que fiz mundo afora.
Riscos e rabiscos, personagens e lugares aleatórios.
(Eu os acho simpáticos, mas algo fora do mundo real em que hoje sobrevivemos.)
…
Esclareço.
Não é um guia de viagem. Que sou um viajante tão distraído quanto alheio a pontos turísticos e paisagens obrigatórias. Teve um domingo em Amsterdã que troquei a visita ao museu com as obras de Van Gogh por uma manhã num parque ao redor da instituição, tão quentinha e acolhedora se fazia a manhã de sol no rigoroso inverno holandês.
(Não me critiquem, por favor.)
Tão pouco se revela um diário de bordo, pois não tenho a obstinação de escrever diariamente, tim tim por tim tim.
Diria que meus relatos são dispersos com rara interação entre um e o outro.
…
Claro, eu já os publiquei no Blog esparsamente. Assim que eu chegava das viagens, dava um tempo para organizá-los aleatoriamente e tratava postá-los sem critérios definidos.
Fiz minha primeira aventura internacional em 1986.
Desde então sempre que viajava levava comigo o bendito caderninho de anotações.
Tenho alguns rascunhos para novas crônicas que ainda guardo comigo à espera da vã canetada final.
Que sinceramente não sei se virá…
Assim como o livro.
…
O mundo era outro.
Digamos que tal como aquela manhã de sol num parque de Amsterdã, o mundo era mais acolhedor. As pessoas – me parece – prezavam a tal confraternização entre os povos.
Almejávamos todos a Paz.
Claro que havia problemas, “pois problemas sempre os há” (frase inesquecível de um professor do meu curso ginasial).
Mas, seguíamos juntos o bom caminho.
…
Hoje, creio, há um certo destempero no ar.
Acho que toda a minha estranheza – e o meu pé atrás com o projeto – nasce daí
Enfim…
Compartilho com os amigos_leitores minhas angústias literárias.
Quem sabe venha de um de vocês a boa nova.
(A propósito, hoje é Dia de São João Batista, o precursor, portador da boa nova. Aquele que anunciou a chegada de Cristo e o limiar de um novo mundo. Que o Santo Profeta nos guarde e guie!)
…
…
O que você acha?