Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense
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Torcida amiga, bom dia.
De todos os encantos que o futebol espalha mundo afora, a imprevisibilidade talvez seja o mais intrigante, aquele que nos causa maiores emoções. Que nos deixa ainda mais apaixonados.
Queiram ou não queiram os bacanudos, pseudos entendidos dos meandros do Planeta Futebol, teremos ao menos – e por enquanto – ao menos um não_europeu nas semifinais. Sairá do enfrentamento entre o brasileiro Fluminense e o saudita Al-Hilal que, ontem, para perplexidade ampla, geral e irrestrita, despachou merecidamente o poderoso Manchester City do reverenciadíssimo técnico Pepe Guardiola, num jogo único (e delicioso de se assistir) por 4×3.
O outro, quem diria?, é o nosso Fluminense, do técnico boleiro Renato Portaluppi, o ‘patinho feio’ dos quatro brasileiros que foram ao Mundial.
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Portaluppi, o popular Renato Gaúcho, registre-se: merece um capítulo à parte na história recente do futebol brasileiro.
Foi um belíssimo jogador, hábil e driblador. Irreverente dentro e fora de campo. Transformou-se no chamado técnico boleirão que tanto horror causa aos autodenominados analistas e (sic) cientistas da nossa crônica esportiva, os totens das estratégias, dos esquemas e das substituições que nunca falham.
Passou por diversos clubes. Foi campeão da Libertadores pelo Grêmio. Perdeu e ganhou como tantos, pois a vida e o futebol são assim.
No mínimo, merece respeito. E admiração.
Tem um jeito peculiar de olhar e entender o futebol.
Arrisco dizer que, hoje, é a personalidade brasileira de maior destaque neste Mundial de Clubes.
Grande responsável – junto com o talento do colombiano Arias – por levar o Fluminense, do meu amigo Marceleza, às quartas de finais.
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Em tempo, quero fazer mais duas observações:
1 – o goleiro Fábio tem sido outro pilar na jornada do tricolor carioca. Aos 44 anos, tem honrado a camisa do inesquecível Castilho, histórico goleiro do Fluminense e da seleção brasileira. Um dos meus ídolos de infância por causa das tomadas maravilhosas que via nas imagens do Canal 100 projetadas na tela gigante do cine Riviera, no amado bairro do Cambuci de todas as minhas histórias.
2 – pode acontecer uma semifinal entre brasileiros. Haja lenha! Está no chaveamento. O Flu enfrentaria o meu Palmeiras. Aí, meus caros, eu teria que desdizer tudo o que acabei de dizer. Assim como esse tal de futebol, eu também ando muito imprevisível ultimamente. Avante Palestra!
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TRILHA SONORA
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O que você acha?