Foto: Arquivo Pessoal
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Meus caros e preclaros,
Grande dia!
“A soberania nacional é a coisa mais bela do mundo, com a condição de ser soberania e de ser nacional.”
*Trecho de uma das crônicas do livro “Crônicas: Obras Completas de Machado de Assis” que foi citado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, no texto do despacho que tirou o sigilo da decisão que impõe o uso de tornozeleira eletrônica e reconhecimento noturno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A Soberania Nacional não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada ou extorquida”, concluiu Moraes no documento.
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Pois então…
Sou um senhor de idade avançada. Um homem simples nascido e criado no bairro operário do Cambuci. Escrevo o que sinto, o que vejo, o que ouço por aí. Entre o toc-toc-toc ruidoso das teclas da máquina de escrever sobre a superfície em tom sépia das laudas de papel-jornal e o silencioso tac-tac-tac do que hoje batuco descompassado no computador (ou mesmo nas teclas miúdas do celular), lá se vão mais de 50 anos. 51, quatro meses e uns quequérecos de dias, para ser preciso.
Permitam-me uma digressão:
Não lembro exatamente a data em que pela primeira vez pisei na redação do Diário da Noite para uma experiência, digamos, abrupta e conflitante. Mas, foi em fevereiro de 1974.
*(Para entender o “abrupta e conflitante do parágrafo acima clique AQUI para ler:
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Pois então…
Como dizia acima, tenho um longo tempo de estrada – e, de certa forma, foram os passos e o caminho que me fizeram assim entender.
Não tenho vocação para radicalizar.
Entendo que é preciso ter cuidado com situações limites.
E toda vez que estamos diante de um impasse – seja no âmbito pessoal, seja no âmbito coletivo – é fundamental que se priorize o bom senso.
Mas, tem hora que se você não se der ao respeito e não tomar uma atitude, a coisa toda degringola e perde-se o timing e nos escapa o controle.
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Pois então…
Meus amáveis cinco ou seis leitores (se é que ainda estão aí) já devem prever o que estou tentando lhes dizer.
Não mais me estenderei.
Direi apenas que este grande dia, me fez lembrar a citação da Dona Yolanda, minha mãe:
“Quem procura acha, filho”.
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Pois então…
Chegamos ao grande dia.
Só espero que o Congresso Nacional, nossas instituições democráticas e a sociedade como um todo estejam à altura do momento que se pronuncia histórico.
Para ser ainda mais sincero, mais temo do que espero.
(Perdão pela rima numa hora dessas.)
E aguardemos os próximos capítulos.
(Antecipo que não serão nada fáceis.)
Grande dia!
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TRILHA SONORA
“Os meus documentos
Eu esqueci, mas foi por distração (comigo não!)
Sou rapaz honesto
Trabalhador, veja só minha mão (sou tecelão!)”
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O que você acha?