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Há 70 anos, o adeus de Carmen Miranda

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Foto: Arquivo Pessoal

Nós queremos saber tudo que aconteceu em Cuba e no show com Durante.”

Carmem resignou-se:

Está tudo bem, então, venham”.

As cunhadas chegaram. Carmem ofereceu-lhes um drinque, distribuiu o que restava de sua euforia e também anunciou que iria subir. E, de fato, teria se retirado por volta das duas e meia, deixando a casa para elas e para os amigos – que tanto podiam ser Aloysio, Dudu e Orlando, ou Jackson e esposa, ou Dulce e Rosa Maria. Antes de subir, atendeu ao pedido de Sheila, de doze anos, filha de Jackson: assinou-lhe um autógrafo. Beijou-a, dirigiu-se à escada, jogando beijos e desapareceu.

Carmem entrou em seu quarto, tirou o tailleur e vestiu um robe. Acendeu um cigarro, deu uma tragada, deixou-o no cinzeiro. Foi ao banheiro retirar a maquiagem, usando cold cream e um lenço de papel. Na volta no pequeno hall entre o banheiro e o quarto, onde ficava sua coleção de perfumes, o ar lhe fugiu de novo, as pernas lhe faltaram, e Carmem caiu pela última vez – ali mesmo, com um espelho na mão…

* Trecho do livro Carmen (A brasileira mais famosa do século XX), de autoria de Ruy Castro, lançado pela Companhia das Letras, em 2005.

O autor assim descreve a madrugada de 5 de agosto de 1955, nossa mais importante estrela internacional, a incomparável Carmen Miranda.

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