Presidente Donald Trump assiste ao discurso na ONU do Presidente Lula da Silva depois elogia em discurso. Foto: Mark Garten via Fotos Públicas
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Meus caros e preclaros, bom dia!
DEMOCRACIA SEMPRE.
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Assim sem flores e cores, em tom de céu acinzentado e breves pancadas de chuvas,
Assim se fez a primeira terça-feira da Primavera – e, mesmo que, por óbvio, não seja Carnaval, tivemos, por aqui e pelo mundo, o que um amigo gaiato me descreveu como inopinada Terça-feira Gorda em termos de fatos e notícias.
Inspiro-me então numa antiga frase de Machado de Assis em um de seus incríveis contos:
“Tenho por timbre contar as cousas como as cousas são”.
E vamos ao Blog de hoje que nos fala de ontem.
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A começar pelo altivo e oportuno pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da convenção da ONU deste ano.
Deu o que falar e pensar.
Diria que foi uma fala, elaborada nos meandros, a consolidar a firme defesa da nossa soberania e os princípios cidadãos e democráticos.
Houve, como de hábito, ampla (e positiva) repercussão internacional.
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Merece destaque, e assim o foi nas manchetes dos portais e noticiários, o encontro casual (que muitos imaginavam e/ou desejavam que fosse mesmo uma trombada) entre o nosso Lula e o presidente Donald Trump, deles lá, dos Estados Unidos.
Para surpresa geral de quem esperava o inevitável abalroamento, consta que os mandatários foram minimamente corteses e respeitosos um para com o outro – e, pasmem! – rolou um fraterno abraço (uia!) e uma inesperada “química” entre ambos, no dizer do imprevisível Trump.
O improvável aconteceu. Marcaram de conversar nos próximos dias.
Se haverá a tal conversa ou mesmo se há tantos motivos para tamanha expectativa, sinceramente não sei lhes dizer.
Aguardemos, sem ilusões.
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Curioso é que os dois lados – tanto os adeptos da direita como os do campo progressista –, algo marotos, deram de comemorar o imprevisto por razões distintas. Os primeiros acham que Trump emparedou o presidente de todos brasileiros a lhe fazer as vontades e desejos que lhe interessam e aos seus. Os do lado de cá, da ala da contemporaneidade, apostam no lado ‘negociador’ que é nato – e vem de longe, das greves de 1978, aquelas que abalaram a ditadura de então – no ex-operário e líder da histórica manifestação.
A ver e conferir, mas como grafei acima: “sem ilusões”.
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Ainda no campo da política e da cidadania, fico com a sincera impressão que os ecos da voz das ruas e praças se fizeram ouvir em Brasília. A tal da PEC da Blindagem não resistiu à análise do relator Alessandro Vieira (MDB/SE) e deve ser sepultada sem outros “ais”. Pois no parecer do parlamentar, tal instrumento “abre as portas do Congresso ao crime”.
Circulou ainda que o incontinente senador Sergio Moro, aquele, ainda tentou um rebotalho de emenda para substituir a malsinada PEC da Bandidagem. Mas, em tempo, e como de costume, recuou e tirou a emenda da pauta.
Ponto para as legítimas manifestações de domingo passado.
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Meus caros e preclaros,
a terça-feira seguiu fora do espectro da política, com a nota de pesar no âmbito das artes, especialmente do cinema.
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Registre-se o falecimento da atriz Cláudia Cardinale, aos 87 anos. Uma das musas da minha geração e do cinema italiano, La Cardinale participou de clássicos como “8 1/2” (1963); “Era uma vez no Oeste” (1968); “A Pantera Cor-de-Rosa” (1963); e “O Leopardo” (1963), entre outros.
Na foto, ela e sua exuberante beleza iluminam a produção americana “Os Profissionais”, de 1966.
Ah, esse implacável senhor chamado Tempo que ‘não para no porto, não apita na curva e não espera ninguém’.
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Mais ao fim do dia, por obra e lembrança do amigo e sempre_vereador Almir Guimarães, cumpre-me fazer o registro de outro fato marcante da terça, dia 23.
“Julinho completou 82 anos, Rudi.”
Explico aos incautos.
Rudi sou eu. Julinho é ninguém menos que Júlio Iglesias, o cantante, ídolo do vereador e de tantos mais.
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Vale a TRILHA SONORA de hoje.
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O que você acha?