Reprodução: Taça Jules Rimet em exibição/ Foto: site querepublicaeessa.an.gov.br/S.d. Correio da Manhã
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Meus caros e preclaros,
sejamos bem sinceros:
Performance por performance, o que aconteceu neste fim de semana, no…
… Museu do Louvre em Paris, foi bem mais impactante.
Midiático, sem dúvida.
Tem amplitude mundial, histórica.
Logo, logo vira thriller de ação e suspense a nos tirar o fôlego diante das inquietantes ações na tela, mesmo que, como espectadores, já soubéssemos tudo o que iríamos ver,
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Ouço dizer que a atônita Polícia francesa e demais autoridades demonstram temor com o inevitável passar das horas e a não prisão dos envolvidos. Sabem que, a cada minuto que passa – e como passam rápidos os minutos! – é muito provável que os autores da façanha deem um destino tenebroso às seculares joias roubadas. Em outras palavras, quebrem os diamantes e demais pedras preciosas em pequenos pedaços e derretam o ouro e os metais valiosos. Assim o eventual repasse para receptores se torne mais pulverizado, fácil e de dificílima recuperação.
Impossível não recordar que temos – nós, os brasileiros – um precedente no gênero.
Quem se lembra?
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Depois do tricampeonato mundial de futebol (1958, 1962 e 1970), o Brasil conquistou a posse definitiva da cobiçada Taça Jules Rimet, esculpida e feita em ouro maciço.
A preciosidade única e de inestimável valor, inclusive, histórico, ficava em exposição na sede da CBD (não lembro se já havia se transformado em CBF, é provável que sim.) protegida por uma vitrine, em tese, inexpugnável.
Ledo e ivo engano.
Na noite de 19 de dezembro de 1983, a Taça do Mundo que era nossa foi roubada – e nunca mais recuperada. Soube-se, tempos depois, que os larápios haviam derretido a dita cuja, a transformado em barras de ouro e vendido no varejo da bandidagem.
Coisas do Brasil, mas não só.
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Meus caros e preclaros,
havia uma réplica, sabiam?
Que por segurança foi deixada dentro de um cofre.
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Já que enveredamos para o futebol, feitos e malfeitos, nada mais oportuno do que atender ao amigo de longa data, o Tridente Tricolor, que é são-paulino desde os tempos de garoto, quando ainda morava no bairro das Perdizes, em São Paulo – e, queira ele ou não, consta em seu currículo que era sócio e frequentador assíduo das piscinas da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Tri-Tri me cobra que não comentei o que aconteceu no domingo, no Maracanã.
É um brincalhão.
Quer me provocar porque saiu chamuscado (com alguma razão, mas não toda) do último embate entre o Meu Verdão e o São Paulo.
“Cadê a reclamação de vocês?”
Não respondi.
Apenas eu lhe perguntei por onde ele andava?
Estava na capital ou ainda morava no interior do estado?
Perguntei também, se por acaso, ele havia sido convidado para o Bailão que houve na cidade paulista de Mirassol, no mesmo domingo em que o tal WP Sampaio e seus blue caps do VAR derreteram a correta arbitragem que anda desaparecida de nossos campos, tal como as joias do Louvre e a Taça Jules Rimet?
Foi a vez dele não responder.
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Magoou, será?
Minutos depois, no zap e em nome da nossa longínqua e eterna amizade, mandou a mensagem tranquilizadora:
“É, meu caro, então a CBF voltou a ser rubro-negra. Bem diz o hino: Uma vez Flamengo sempre Flamengo”.
Não entendi. Bem ou Ben?
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TRILHA SONORA
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O que você acha?