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Mino Carta, ainda e sempre

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Foto: Jô Rabelo/Arquivo Pessoal

Compartilho momento inesquecível da minha trajetória profissional.

Voltemos a outubro de 2005.

Meus caros e preclaros,

olhem eu ali, ao centro, ladeado por dois eméritos jornalistas – Mino Carta (à minha direita) e George Duque Estrada (à minha esquerda, e bem à vontade).

Golpe do acaso. Fui então o mestre de cerimônia de um tocante evento que reverenciou, na ocasião, os 30 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog nos porões da ditadura em 25 de outubro de 1975. Fato trágico que, no entanto, configurou-se marco indelével para a história contemporânea da democracia brasileira.

Esta mesma que hoje tentam destruir outros tipos de golpes e torpes conspiradores.

À época, eu era coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo e os notáveis jornalistas, Mino e Duque, vieram participar do encontro com estudantes, realizado no campus de Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo.

Na ocasião, Mino saudou os jovens e futuros jornalistas e os lembrou que, apesar de todos os pesares, vivíamos então (lembremo-nos bem, naquele outubro de 2005) um momento em que se ousava sonhar com um país mais justo, mais solidário, mais contemporâneo.

Guardo com carinho a lembrança daquela noite em que estive entre os melhores.

Resta-me também – e lamentavelmente – a dúvida que se faz atroz:

O quanto avançamos na ousadia de sonhar o sonho que se sonha junto e se faz realidade?

Permitam-me um abrupto salto para os dias atuais.

Creio mesmo – e ainda no tema – que devo compartilhar com os amáveis cinco ou seis leitores a entrevista que outro notável, Carlos Ayres Britto, ex-ministro do STF deu ontem ao Canal UOL.

Destaco um dos trechos:

“A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo. Um governo constituído pelo povo, exigido por ele, ou direto ou indiretamente, e em benefício dele próprio. Sendo esse o princípio dos princípios, é o mais relevante. E o que está em jogo e sob acusação, na verdade, dos réus, é um atentado à democracia. Quer dizer, gravidade maior não pode haver.”

Clique AQUI para ler a íntegra da reportagem:

Ayres Britto: Constituição não prevê autoanistia; STF reafirma democracia.

Sigo o post de hoje, com a breve pensata.

Ouço dizer que entender o Brasil não é para amadores.

Tentar explicá-lo, hoje em dia, então, se faz inútil.

Vivemos a nos imaginar como prolixos protagonistas de interminável podcast em que todos temos muito o que dizer, e dizemos a cântaros.

Raros, raríssimos, a propósito, se dispõe a nos ouvir.

Mas, vida que segue…

Quem não é por nós, está contra nós.

Eis o que chamam de polarização.

De minha parte, senhores proponho um terceiro compartilhamento e a reflexão a partir de um artigo que o jornalista Mino Carta escreveu em CartaCapital, em fevereiro de 2013.

Faz um tempinho, mas é revelador.

Chama-se:

A imbecilização do Brasil

Clique AQUI para ler.

Termino com o vídeo que considero de inestimável importância.

Uma verdadeira profissão de fé.

Quem tiver olhos pra ver que veja…

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