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O prefeito afastado, e de tornozeleira

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Foto: vista da área central e do Paço de São Bernardo do Campo

Pois então, amigos…

volto da rua com o assunto do dia, aqui, em Bernô City onde moro.

Ao sol esquivo da manhã, o burburinho todo se dá pela operação que a Polícia Federal desenvolveu na região e teve como alvo o prefeito da cidade, Marcelo Lima (Podemos), além de outros políticos e servidores.

Leia a notícia no UOL:

Alvo da PF, prefeito de São Bernardo é afastado e terá de usar tornozeleira

Quem é Marcelo Lima, prefeito de São Bernardo afastado em operação da PF que apura corrupção

Nem sequer um ano no cargo – e olhem a encrenca em que se meteu.

Não vou lhes dizer que a notícia de um caso assim provocou revolta ou mesmo uma grande surpresa.

Nem a mim, nem na rapaziada que comentou o fato ao meu redor.

As considerações ficaram mais no rol da curiosidade e da pilhéria.

Tipo:

“Está sabendo que o nosso prefeito vai usar tornozeleira?”

“Nosso? Me inclua fora dessa.”

ou

“Não falha. Deus, Pátria, Família e…”

“Assim vai faltar tornozeleira.”

E ainda o inevitável:

“Quer saber o que acho? Este país não tem jeito, não!”

Alguém lembrou que, no segundo turno das eleições municipais do ano passado, ficaram uma chapa do Podemos (o do dito-cujo da tornozeleira) + Avante e a outra do Cidadania + PL.

“Não havia alternativa. Entre o Tá Ruim e o Tá Pior, quem escolher?”

Lembro que, em fins dos anos 70, entrevistei o jornalista Mino Carta, então diretor de Redação da Revista IstoÉ, e o notável jornalista se dizia impressionado com as movimentações populares e sindicais que tinham a cidade como sede.

Tempos das greves do ABC que tinham como líder o metalúrgico Lula da Silva.

Se bem me lembro, Mino descreveu-a como “uma das raras, senão a única, cidade contemporânea do país”. Partiam dali as manifestações mais contundentes pela redemocratização do país, fato que tardou, mas aconteceu uma década depois.

Ao contrário do conformismo que hoje noto em mim e no diz-que-diz alheio, havia uma benfazeja indignação na fala do jornalista. Era quase um convite ao sonho, à crença em dias melhores.

Não sei se deveria lhes dizer, mas digo:

Lamento profundamente não partilhar, ainda agora, a mesma fé no amanhã.

TRILHA SONORA

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