Câmara Federal aprova PEC que determina que qualquer abertura de ação penal contra parlamentar depende de autorização prévia, em votação secreta, da maioria absoluta do Senado ou da Câmara/Foto Lula Marques/Agência Brasil
…
Razão, eu a dou, mesmo que plena e devastadora, a quem a tem.
O amigo Escova, por exemplo – e cá estou a falar do preclaro amigo no Blog pelo terceiro dia consecutivo.
Fazer o quê?
…
Eu explico. Ou tento.
Lá pelos idos de 2016, um ou dois dias depois de aprovado o impeachment da então presidente Dilma Rousseff pelo Congresso Nacional naquela memorável sessão de ignominias e disparates…
Pois então, naquele tempo, o amigo e jornalista Escova me sapecou na lata – e sem meias palavras – a triste realidade que prognosticou enfrentaríamos, fosse como nação contemporânea, se é que somos; fosse como a tal e mal-afamada República das Bananas que, dizem, nunca deixamos de ser:
– É a barbárie, meu caro, é a barbárie que se aproxima.
O homem foi profético—e, como de costume, pôs a valer a profunda vivência de repórter.
…
Quem quiser tirar a limpo o que lhes digo, sem ponto e sem vírgula, pode clicar AQUI para ler
…
Isto posto, voltemos aos tristes dias atuais quando a desfaçatez parece não ter limites – e a análise do amigo, lá naqueles idos, vai se confirmando a ponto de lamentavelmente chegarmos a este ponto sem volta.
A declaração do senador Renan Calheiros, na tribuna daquela casa, faz o que entendo ser o resumo desta trágica ópera da vida real:
“Se esta PEC avançar, o que não acredito, o Parlamento será o refúgio de narcotraficantes, contrabandistas, terroristas, chefes do crime organizado, de líderes de facções e outros deliquentes. Grupos que, com algum poder financeiro, buscarão mandatos populares para se esquivar da Justiça. O Congresso será um covil de malfeitores. Qual será o próximo passo? Legalizar as milícias?
…
O que você acha?