Meu Amigo Escova é um fanfarrão.
Recebeu o convite para o lançamento do meu novo livro “Volteios” (será quinta, dia 12, na Livraria da Vila; estão todos convidados) e fez questão de sacramentar que estará presente. Mas, com seu habitual humor, destilado naqueles tempos idos e vividos da velha redação de piso assoalhado, respondeu ao meu email com outro email, em tom de provocação:
“Não sei, não, compadre. Mas achei o título Volteios assim... coisa de... poeta. Ui! Será que ele é? De qualquer forma, aparecerei por lá.”
E assinou, no velho estilo:
“Escova, o Dom Juan das Quebradas do Sacomã.”
Dizem que quem tem amigo não morre pagão. Quer dizer, era o que falavam antigamente. Hoje, já nem sei se é assim. De qualquer forma, deixo para dar a resposta ao distinto, aqui, via blog.
Afinal, quem tem um amigo como o Escova não precisa de inimigo.
Mesmo assim, amigo Escova, apareça, pois vou precisar da sua força.
Aproveito o ensejo desta troca de email sem-pé-nem-cabeça para agradecer a todos os que estão me enviando mensagens de boa sorte pelo lançamento do meu quinto livro.
Sei que São Paulo é uma cidade de trânsito caótico – e não é fácil enfrentá-lo no fim de tarde de uma quinta-feira de dezembro. Entendo que muitos não poderão ir. Mas, quem chegar à Vila Madalena para prestigiar este velho e alquebrado escriba, terá, juro, minha amizade eterna.
De quebra, poderá encontrar com o Escova, de copo na mão e de olho na mulher mais próxima.
Não se aflijam. O máximo que ele fará é contar uma das tantas histórias bizarras que viveu (ou imagina que viveu) – e que vale a pena ouvir.
Na fase atual, o Escova é inofensivo, pega-nada. |