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A oração, o fiel e o Padre França

Uma oração para quem quiser, para quem precisar…

Santa Rita,
Vós que conheceis os corações
Dos homens aflitos e angustiados,
Vós que conheceis o meu coração,
Interceda por mim,
Pelos meus sonhos,
Pela minha vida,
Pelo meu amor.
Santa Rita,
Interceda por mim
E eu vos serei grato
E para sempre
Me curvarei a seus pés.
Eu confio em Deus Pai,
Todo Poderoso,
Em sua força,
Em sua glória.
E peço a Vós que
Ilumine e guarde o meu caminho.
Agora e sempre
Interceda por mim,
Ó Santa das Causas Impossíveis,
Amém

II.

Vejo o homem caminhar, a passos lentos, pelo corredor central da igreja da pacata São José do Barreiro. Como se mais ninguém houvesse ali, ele faz oração em alto e bom som e com alguma aflição na voz.

Tem feições rudes, trajes humildes. Os olhos fixos, vidrados, no altar central. Como se conversasse diretamente com as imagens dos santos que ali estavam. Noto que não existia a representação de Santa Rita exatamente ali.

Está mais à direita. Numa capela lateral, encravada na parede. É uma representação diferente da santinha de Cássia. O hábito é marrom, com detalhes em fios dourados que lhe cobrem os pés. Admiro o semblante menos doído, com traços mais suaves. Que sugerem uma paz interior; plena e única. O encontro, a sintonia com o supremo, o divino.

É exatamente para lá que o homem caminha.

Ajoelha-se e, silenciosamente, conclui sua prece.

III.

A pequena São José do Barreiro é uma espécie de refúgio para mim e para os meus. Situa-se ao pé da Serra da Bocaina e faz parte das chamadas cidades históricas do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.

Tem uma bela igreja matriz construída em fins do século 19, onde viveu por décadas o saudoso Padre França que, estou certo, deixaria orgulhoso o Papa Francisco. Era desprovido de qualquer bem material, pregava a humildade e o senso de fraternidade.

“Era um santo homem”, ainda hoje ouço os antigos moradores lamentarem o seu falecimento.

IV.

Enquanto assisto aquela cena, surpreende-me a certeza de que a obra sobrevive ao homem. Admito para mim mesmo que todo aquele ritual de fé – que agora assisto – é parte do legado do Padre França. Este senhor que ali está, um dia, lá trás, quando criança, foi evangelizado pelo Padre.

É provável que o próprio Padre França tenha lhe ensinado a prece e, mais do que isso, a força de acreditar no que está por vir.

V.

Concordo com os meus interlocutores.
Aqui, nesta igreja, por longos anos, viveu um santo homem.