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CQC é jornalismo?

Nas últimas semanas, nosso blog acabou por se transformar numa tribuna em defesa da legitimidade do diploma de jornalismo, em nível superior, para exercício da profissão em todo o Brasil. Foi sem querer querendo, diria aquele famoso filósofo contemporâneo, o Chaves.

Desde que pus os pés nessa estrada chamada Jornalismo, nos idos de 70, a questão está em debate – e desde sempre me posicionei favorável ao diploma e, sobretudo, à regulamentação profissional.

Bem, é o que penso – e o que venho defendendo em textos próprios e de outros defensores da causa que aqui disponibilizo.

Jornalismo, meus caros, é um bem público.

Não se concebe “estar” jornalista – e, sim, “ser” jornalista – uma profissão de tempo integral.

II.

Oportuno salientar que, no bojo dessa discussão, vem à baila outra polêmica: a ação do segurança do Senado contra o rapaz do CQC que tentava fazer algumas perguntas a José Sarney. Houve agressão, não houve. É censura, não é…

Eis a notícia estampada em sites, portais e nos telejornais da Casa.

Leio aqui e ali a manchete:

“Repórter do CQC é agredido no Senado”.

Ocorre-me, então, um terceiro ponto de discussão.

Com todo respeito à rapaziada do programa da Band, não considero jornalismo o que é feito ali. Está mais para o humor do que para o esclarecimento e informação da opinião pública.

É induzir os leitores/internautas/espectadores ao erro chamá-los de repórteres?

III.

Aliás, são constantes as reclamações dos jornalistas que precisam dividir espaços de coletivas com os rapazes. Muitas vezes, na ânsia de não perder a piada, eles atropelam os profissionais de imprensa. Em outras ocasiões, os entrevistados preferem responder ao CQC mesmo que sejam zoados – e assim escapar das verdadeiras questões.

Houve até uma nota, semanas atrás, no painel da Folha sobre a questão.

IV.

Enfim, é assunto que está em discussão:

CQC é jornalismo?

FOTO NO BLOG: Caio Kenji