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Pode isso, Amorim?

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Foto: Facebook/Ademir da Guia

Falar de futebol rende que rende.

Assunto sem fim.

Alguém lembra uma coisa.

Outro retruca com outra.

Logo surge um terceiro que concorda discordando…

Ou discorda concordando.

E assim é que é.

Polêmica.

Discussão.

Ânimos exaltados.

Parece que o mundo vai acabar…

Nada disso.

São apenas palmeirenses a projetar a escalação do onze ideal do time do coração.

Volto ao assunto de ontem.

Amorim, o palestrino, voltou para me cobrar:

Falei, falei – e nada disse quanto à final da Libertadores em Montevidéu [que será dia 27 de novembro, diante do Flamengo]:

“O jogo do século para os brasileiros!”, diz Amorim.

Será?

Talvez, faz sentido a observação.

Amigo Amorim, nada disse sobre o confronto porque, na boa, nada há para dizer que não seja mera especulação.

Os tais entendidos do Planeta Bola vão dizer que o Mengo é favorito, vão torcer (enrustidos ou descaradamente) pelo time carioca – e vida que segue.

Nenhuma novidade.

Sempre foi assim.

Deixa a bola rolar para ver como é que fica.

Futebol não é ciência!

Quanto aos nossos torcedores, via de regra, são o que tentei descrever na abertura deste post.

Temos origem, procedência…

Somos oriundi.

Adoramos um bate-boca.

Vou lhes dar alguns exemplos ‘históricos’, como diria o inesquecível Roberto Avallone.

Início dos anos 60, o nosso camisa 10, Chinesinho, o craque do time (que herdara a posição de outro gaúcho, Ênio Andrade) foi vendido para a Itália.

Ô tristeza!

Logo se estabeleceu a dúvida entre os torcedores:

“Quem deverá substituí-lo?”

O jovem Hélio Burini, titular da 10, na equipe de aspirante ou menino Ademir Ferreira da Guia, recém chegado do Bangu?

Da Guia tinha 18 para 19 anos.

Encantou os dirigentes palmeirenses, jogando pelo time carioca, num amistoso no Pacaembu que marcou a reestreia de Humberto Tozzi no Verdão. O filho de Domingos da Guia era um meia-armador classudo, passadas largas, estiloso, o fino da bola.

Porém, e sempre existe um porém com a gente, dizia-se que era um tanto ausente, deixava o meio campo lento.

Houve quem lacrasse:

“Não é jogador para o Palmeiras.”

Pode isso, Amorim?

À mesma época, o campeão mundial, o veterano Vavá, era o nosso 9.

Na sua reserva, estava a revelação do Paulista de 61, o jovem Picolé, vindo do São Bento de Sorocaba.

Picolé dividiu a artilharia do torneio ao lado de Pelé no ano anterior. Chegou a ser convocado para a seleção paulista.

Quem deveria jogar?

A velha história: quem jogava era criticado, quem ficava de fora era aclamado pela torcida.

Surgiu até uma piada entre os palmeirenses:

“Das duas, uma: ou Picolé congela o Vavá ou o Peito de Aço, das copas de 58 e 62, derrete o Picolé?

Aliás, discutir quem é o centroavante ideal é nossa especialidade, desde então.

Abílio ou Humaitá?

(e a turma reclama hoje do Deyverson!!!)

Dario Mineiro ou Ademar Pantera?

Servílio ou Tupãzinho?

(na primeira Academia, com Dom Ernesto Filpo Nunes, jogaram os dois)

Artime ou César Maluco?

Luizinho Cambalhota ou Reinaldo?

E assim viemos através dos tempos…

…  até chegar no divisor de águas Evair.

Mesmo assim, o craque chegou a ser afastado do elenco em 92 e curtiu, anos depois com o Felipão, um bom banco de reservas para o colombiano Asprila.

Pode isso, Amorim?

É nossa sina, amigo.

Que, aliás, não trocamos por nada nessa vida.

Só deixa eu botar um reparo antes de terminar:

Antes éramos bem mais humorados, levávamos a coisa toda na diversão, no entretenimento.

Aliás, sejamos sinceros, futebol pode ser tudo nessa vida mas, na verdade, não passa de uma grande brincadeira. Lúdica e apaixonante.

 

 

 

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