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Sean Connery, o boleiro

Meus amigos, palmeirenses como eu, reclamaram pelo post de ontem.

Acham que dei bandeira ao recuperar o texto de Nélson Rodrigues que tratei como uma homenagem ao Corinthians, tricampeão da Copa do Brasil.

Alguns bateram firme.

Recomendaram que, por falta de assunto, porque não penso em me dar umas férias.

Prometi a eles pensar no assunto.

Para breve.

Mas, não hoje…

II.

Gosto dessa paixão exacerbada que o futebol provoca.

É talvez a única que me acompanha desde que me conheço por gente.

Aliás, como escrevi na autobiografia que está no site:

“Meus limites geográficos e existenciais até os 16 anos não ultrapassavam o Parque da Aclimação, a várzea do Glicério e os “sete campos”, no final da rua Independência. O futebol, desde então, era paixão e vida.”

III.

Joguei futebol até os cinqüenta e três anos quase que diariamente.

Sempre acompanhei o Palestra, embora seja um torcedor bissexto da seleção brasileira.

Ah! Antes que me esqueça – estou com 58. Mas, até os 55 participei de torneios, como a Copa Nike de Imprensa. Joguei pelo Diário do Grande ABC, convidado pelo editor de esportes e boleiro corintianíssimo, Ângelo Verotti. As equipes precisavam preencher uma vaga com algum atleta acima de 35 anos.

Foi quando decidi que era hora de parar de vez.

IV.

Não, meus caros cinco ou seis leitores, meu desempenho não foi comprometedor.

Tudo se deu na hora em que corri para bater um pênalti.

Um gaiato na platéia não deixou por menos:

— Vai Sean Connery!

Fiz o gol. E todos vieram me abraçar, inclusive os adversários.

Não entendi se riam de mim ou para mim.