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Aos formandos de 2009

Meus caros…

É um prazer enorme estar aqui.

Para recebê-los e consagrá-los como JORNALISTAS…

Não quero fazer um pronunciamento solene. Vou deixar isso por obra e graça do Júlio Veríssimo e do Paulo Ramos; respectivamente paraninfo e patrono da turma.

Só pretendo lhes contar uma breve história pessoal.

Aliás, o Paulo Tarsitano, ilustre diretor da Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista que hoje preside esta mesa, vive dizendo que sou um mal-ajambrado clone do Rolando Boldrin de tantos causos que eu conto – alguns ele imagina que eu invento. Alguns eu diria que sim. Só alguns…

O de hoje, não.

É simplesinho de tudo.

É que foi num 10 de março como hoje é. Só que no ano de 1974…

Só para contextualizar vou dizer que a professora Marli não era sequer nascida.

O Borga, sim, já andava pelas quebradas deste mundaréu, com o violão e a máquina de escrever.

O amigo Paulo Rogério era calouro de Publicidade e Propaganda aqui na Metodista.

O Júlio nem conhecia a Margarete…

O Paulo Ramos era ainda bebê – e nem havia lido a sua primeira história em quadrinho…

Pois foi num dia 10 de março que entrei porta adentro do jornal onde fiquei por 28 anos.

Uma inexplicável emoção ao receber a carteira de trabalho com o registro profissional de REPÓRTER…

Era tudo o que eu queria…

Tantos sonhos…

Alguns se perderam pelo caminho que, aviso logo, não é fácil, nem simples. Mas, é bom e vale a pena lutar por eles.

Outros, tive a chance de realizá-los – e aí a emoção é indescritível. Num 25 de janeiro de 1984 – quando todos os acima citados já eram bem grandinhos, inclusive a Marli – eu estava nas escadarias da Catedral da Praça da Sé cobrindo o grande comício das Diretas Já…

Enfim, os sonhos que ficaram pela aí, torço para que vocês os resgatem e projetem, com sua atuação, uma sociedade mais justa e solidária.

Quanto aos sonhos que realizei, gostaria que eles abrissem frentes e iluminassem a todos vocês na árdua batalha do dia-a-dia em busca da grande manchete…

No mais desejo que sejam plenamente felizes – e que se lembrem sempre da lição de Mário Quitana, o poeta e jornalista gaúcho

“A resposta certa, não importa nada:
o essencial é que as perguntas estejam certas.”

* Pronunciamento feito hoje na Universidade Metodista de São Paulo durante a colação de grau das turmas matutinas do curso de Jornalismo, de 2009.

* FOTO NO BLOG:Mônica Rodrigues