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Destrambelhamentos

Não sei se os caríssimos terão tempo e disposição para ler essas maltraçadas.

Fiquem à vontade, pois.

Imagino que estejam no “afã do desejo” (como diria Djavan) de ver o capítulo final da novela “Salve Jorge”, vamos combinar, a mais destrambelhada dos últimos tempos. A ponto de Dona Yolanda, uma senhorinha de 88 anos, desistir de vê-la de há muito porque a tal “não rima lé com crê”.

Acompanho minha santa mãezinha na sábia decisão.

Desde então, quando chego a tempo em casa, enquanto ela cochila na poltrona de terço na mão, eu repasso os livros de Stanislaw Ponte Preta, saudoso cronista que, neste ano, completaria 90 anos.

Nas rodas de conversa do dia a dia, porém, acabo por me inteirar do que acontece na trama global. Espanta-me o tom de deboche dos comentários dos ainda fiéis telespectadores. Nem eles acreditam no que veem.

– É uma falta de absurdo, brinca Regina, a moça que nos atende na Casa do Pão e Queijo.

Então lhe pergunto:

— Por que assiste, então?

Não dou atenção à resposta.

Também eu nem sei o porquê escrevo sobre isso.

Digamos que estamos, todos, no automático.

Exceto a Dona Yolanda, claro. Sua bênção, mãe, que logo chego…

II.

Outro assunto que prendeu atenção de todos, nesta semana, foi a repercussão dos supostos erros de arbitragem que eliminaram o Corinthians da Taça Libertadores da América. Não sou o cara que opera a trapitonga do tira-teima, por isso não entro no mérito da questão.

Só estranhei o destrambelhamento de um dirigente corintiano que ontem descascou o abacaxi em microfones das emissoras de rádio paulistana.

Destemperou-se no melhor estilo Belluzo, nos tempos em que era presidente do Palmeiras. Lembram do gol do Obina anulado pelo Simon, no jogo contra o Fluminense?

Então, o desabafo foi no mesmo e explosivo nível.

Que o árbitro paraguaio veio para São Paulo com a missão de prejudicar o Corinthians, Que merecia apanhar. Que era isso, aquilo e aquil’outro. Que os times brasileiros não têm representatividade na Conmebol. Que a Libertadores é um torneio de cartas marcadas…

Pegou forte.

III.

Deu a entender que há uma conspiração em andamento.

Não sei se houve questionamento dos jornalistas que o entrevistaram sobre qual o teor da trama.

Sei que os três últimos campeões da Libertadores foram: Inter (2010), Santos (2011) e Corinthians (2012)…

Até um dia antes da derrota estava tudo bem.

Agora… Bem agora não precisam explicar.

Eu só queria entender.