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Eu acredito na paz

A cineasta Halla Diyab não pode retornar ao seu país, a Síria. Foi condenada a ter um dos braços decepado por haver produzido uma série para a TV em, que faz críticas contundentes à opressão das mulheres no islã. Halla é a voz desta semana na Entrevista da 2ª, do jornal Folha de S.Paulo.

Em Londres, a cineasta, que condena qualquer intervenção militar externa à Siria, falou ao jornalista Bernardo Mello Franco.

“Eu acredito na paz”.

Destaco trechos da entrevista:

“Acredito que a Síria pode voltar a ser um país pacífico e que os sírios podem recuperar seu orgulho e voltar a ser cidadãos, em vez de refugiados. Intervenção militar significa guerra. Não acredito no uso da força para implantar a democracia nem na violência para garantir a paz. Uma ação militar transformará a Síria no campo de batalha de uma guerra maior envolvendo Irã, EUA e Rússia. (…) É nossa responsabilidade mostrar ao mundo que a intervenção militar pode agravar a crise humanitária.”

”As vítimas dessa guerra não serão Assad e sua família, que vão encontrar uma forma de fugir em segurança. Serão as pessoas comuns, as mães e os jovens sírios. Vai haver mais refugiados e mais mortes. Para onde a população vai fugir? Já há 500 mil sírios sobrevivendo de doações no Egito, na Jordânia e no Líbano.”

“A guerra transformou o Iraque em um terreno fértil para o terrorismo. Nos últimos meses, houve 4.000 mortes no país por causa do sectarismo. A Síria pode acabar repetindo isso.”

“Defendo a paz porque acho que a guerra será um desastre para o país. Os sírios têm direito, assim como os americanos, de acordar e levar os filhos para a escola. As mulheres têm o direito de trabalhar, de ir ao supermercado. Não merecem ficar presas a uma guerra durante anos. (…) Se a comunidade internacional se esforçar, a situação pode ser resolvida sem mais mortes e mais sofrimento no país.”

A íntegra

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/127109-obama-quer-fazer-da-siria-um-novo-iraque.shtml