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Se bem me lembro… Setembro

O pai e a mãe casaram-se em 1º de setembro de 1943.

Nem ela acreditou quando lhe lembrei a data hoje pela manhã.

Murmurou um enigmático “70 anos, nossa…” e mais não disse.

Voltou para o quartocom seus passos miúdos.

Imaginei que fosse ver a missa pela TV, como faz todos os domingos.

Reapareceu minutos depois. O terço ainda em uma das mãos.

Sentou-se ao meu lado na sala, na poltrona onde havia um naco de sol.

Continuou em silêncio.

Interrompi a leitura dos jornais para observá-la – e só então me dei conta de que o pai morreu na manhã de um quinta, dia 1º de setembro, em 1999; há catorze anos, portanto.

Desde então não houve um só dia em que não o tive ao meu lado neste meu desconexo caminhar vida fora.

Nunca o esqueci. E, desconfio, ela também…

II.

Setembro é um mês emblemático.

De lembranças tantas.

Da chegada da primavera.

De um retomar de esperanças.

(E termina com o aniversário do meu cunhado, o Valtinho, no dia 30.)

É quando começamos a pensar que o fim de mais um ano se aproxima. Natural que nos enrede aquela sensação de balanço sobre o que se fez e o que se deixou de fazer.

Ainda há tempo, mas não tanto…

III.

Gostaria de lançar meu novo livro (Volteios – Crônicas, lembranças e devaneios)
em setembro.

O pai e a mãe aparecem como personagens queridos em vários textos.

O livro tem um viés autobiográfico, mas não só.

Tomara que meus cinco ou seis amáveis leitores gostem.

Não há data para o lançamento. Mas será este ano, prometo. Quer dizer, espero…